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Victoria🌸

Gritei até sentir minha garganta doer, meus olhos estavam mergulhados em lágrimas que não paravam de cair.

Ver minha mãe ali sem vida, foi pior do que ter levado vários tiros, a forma que ela morreu, era oque mais me doia, não tiveram pena da gente, foram roubar o pouco que ela ganhava, e mesmo assim não satisfeito, levaram com eles a vida da mulher mais batalhadora que já conheci.

(...)

Peguei o ônibus que partia para o Rio de Janeiro, ter que morar com minha irmã não estava nos meus planos, nós nunca nos demos bem, ainda mais depois que ela largou eu com a mãe, para vim morar com um bandidinho.

Já tinha se passado alguns dias do acontecido, eu até iria ficar aqui em Belo Horizonte mesmo, mas por ser de menor ainda, minha guarda foi passada para minha irmã, que é a única família que eu tenho agora.

Pai eu nunca conheci, avós só por fotos, e como minha mãe era filha única, nem tios ou primos eu tenho, a não ser por parte do outro lado, mas minha vontade é zero de conhecer.

A viagem foi tranquila, a não ser por um senhor que ficava me olhando estranho. Sai do ônibus, e aguardei para pegar minhas malas, era pouca coisa, o resto tinha ficado tudo lá. O bom é que a casa era da minha mãe, então pude deixar.

Passei os olhos no local, e logo avistei uma cabeleira ruiva, ela não tinha mudado nada, os cabelos era o mesmo, e a cara de bunda também. Ela me olhou e deu um meio sorriso, eu sabia que ela também estava abalada.

Val: Oi. - Chegou já pegando uma mala para me ajudar. - Como foi a viagem ?

- Foi tranquila. - Caminhei ao seu lado, até sairmos da rodoviária, ela andou mais a frente e parou para abrir um corola. - Bonito o carro. - Ela me olhou e sorriu amarelo.

Eu sabia que era carro de bandido, mas por enquanto não poderia falar nada, até porque quem estará me sustentando será um também.

Val: Queria pedir desculpa por não ter ido. - Já estávamos a caminho da comunidade.

- Não é para mim que você deveria pedir desculpas. - Depois disso, ela se calou, e eu agradeci.

Era estranho ter que sair de um lugar que você sempre morou, para vir para uma comunidade no Rio de Janeiro, não que eu não vá gostar, mais sei lá, acho que nunca foi oque eu esperava.

Valéria parou o carro na onde tinha alguns homens e mulheres, alguns estavam com armas, e com isso fez meu coração quase sair pela boca.

Val: Fica tranquila, é só a barreira. - Ela apenas abaixou o vidro, e com isso fez todos olharem para o carro, alguns acenaram, e logo deram passagem.

Não demorou nada, ela já parou na frente de uma casa, os portões eram enormes, e pouco coisa dava para ser vista dali.

Sai do carro chamando a atenção de algumas senhoras que estavam paradas na frente de uma casinha. Parecia que todos tinham parado oque faziam para olhar.

Peguei minhas coisas, com a Valéria me ajudando, e entramos pelo portão. A casa é bem confortável, nada muito exagerado, tem dois andares, com dois quartos em cima e um banheiro no corredor, em baixo é a sala, tem uma cozinha planejada, e um banheiro também.

No quintal foi o lugar que mais gostei, uma piscina não muito grande, com uma churrasqueira e rede. Minha tarde já estaria ganha ali.

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Respirando novos ares☄

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Respirando novos ares☄

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