Capítulo 6

96 8 0
                                    

Me despeço de Anna no corredor que dá para as salas da creche

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Me despeço de Anna no corredor que dá para as salas da creche. De mãos dadas com a professora, ela vira o rosto de vez em quando e acena com a mão livre.

Me viro para ir embora,quando elas estram na sala.

Eu pensei que Anna não fosse gostar,que choraria, mas hoje está completando cinco dias que ela vem para a escolinha e nada.

Pelo contrário, ela parece feliz. Kevin afirma que ela está. Os dois conversam bastante,ele entende o que ela quer falar sem palavras.

Antes de deixar os pequenos na escola, levei Anna numa psicóloga, primeiro ela conversou comigo, e eu expliquei tudo que Lisa me contou. Anna começou a aprender a falar, mas depois que o pai morreu, a pequena passou a falar menos, mas ela se calou completamente quando pediu colo à mãe e essa gritou com ela,mandando ela calar a boca e ir para o quarto.

Marie, a psicóloga, disse que pode ser um processo longo, mas o mais importante é demostrarmos para Anna que a amamos, e incentivá-la a falar, sempre fazer perguntas para ela e conversar com ela, mesmo que ela não responda de volta,não devemos desistir.

Entro no carro velho e de duas portas que meu tio deixou, ele provavelmente é mais velho do que eu.

Desde que voltei, não subi na Areta. Minha moto. E sinto falta pra cacete.

Mas não tenho tido tempo.

Se eu for sincero, sim,sinto falta da minha antiga vida.

Sinto falta de ir para baladas, para festas. E principalmente, sinto falta de sair dirigindo por aí à noite, sem rumo.

Mas eles são minha prioridade agora e tenho certeza que depois que essa pressão da custódia passar e eu conseguir controlar os horários, eu vou poder fazer todas essas coisas, de vez em quando.

Chego na loja/mecânica do meu tio e estaciono o carro em frente. Olho em volta, e na hora,sei que algo está errado.

Há um sedã preto estacionado na entrada, onde, claramente, está escrito para não estacionar. Há também duas motos ao lado.Solto um assobio ao observá-las, mas, um segundo depois, volto minha atenção para o redor da rua.

Assim que coloco os pés na entrada da loja, vejo a cara assustada de Pedro, o cara que contratei para me ajudar com a loja.

Seus olhos se movem para trás da loja, para a parte que concertamos os carros.

Dou um aceno de cabeça e atravesso a porta sem hesitar.

Me deparo com uma cena cômica. Sim, cômica. Mas para alguns poderia ser uma cena assustadora, para o Pedro foi, então...

Cinco idiotas de ternos me cercam. Dois estão andando, remexendo nas caixas de ferramentas,eles me olham por uma fração de segundos e depois continuam o que estão fazendo.

Laços de Amor (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora