Única Bala

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P.O.V Taehyung

Minha cabeça girava dos acontecimentos da noite anterior, já me passou bem detalhadamente o quanto o humor de Jeon Jungkook é difícil de decifrar.
Pensei finalmente tê-lo para mim por pelo menos uma noite. Pelo menos uma noite eu teria minhas mãos naquelas coxas macias e bem firmes, teria domínio sobre o corpo do inimigo que tanto me chamou a atenção no primeiro relance de imagem sua.
Além de querer Jeon Jungkook morto e fora da minha vista, eu também desejava seu corpo.

Abri os olhos, ainda sem saber o que aconteceu para eu estar nessa cadeira, e minhas mãos estarem presas firmemente atrás de mim, assim como minhas pernas.
Parecia que o dia amanhecia, a claridade fina era evidente, assim como a pessoa escorada a parede a uma distância calculada para longe de mim.
– O que aconteceu com os beijos e o fogo todo? – Fui sarcástico. – Um tiro na perna, uma coronhada na cabeça. Não combinamos esquecer as diferenças por uma noite, Jeon?

Jungkook riu fraco, balançando a cabeça, me fazendo notar cada detalhe do seu corpo ao sacolejar da gargalhada macia.
O garoto vestia uma roupa preta, como de costume, que marcava cada curva e cada detalhe de seu corpo, o cabelo bagunçado só lhe deixava mais sexy do que já era.
Me controlei para não soltar um suspiro, e invés disso deixei a raiva por ter sido enganado aumentar a cada centímetro que Jungkook diminuía entre nós.
– O problema é esse – ele disse, quando já estava a apenas uns dois passos de mim, se debruçando em minha frente se apoiando no braço de minha cadeira, com o rosto perto do meu – Temos diferenças demais.

Por um flash de segundo, pude notar o olhar de Jeon cair sobre minha boca, e se demorar ali sem sequer perceber. Mas logo o garoto piscou, meio surpreso pelo seu próprio ato voltou a me encarar.
– Me diga para quem você trabalha, V – pediu educadamente, enquanto se distanciava e parecia conferir suas balas na arma.

Eu ri.
– Você não vai arrancar nada de mim.

Ele não parecia surpreso pelas minhas palavras, apenas assentiu e tornou a se aproximar.
E em um movimento que me pegou totalmente de surpresa, Jungkook sentou em meu colo, com uma perna em cada lado do meu quadril, os pés tocando o chão apenas com a pontinha do coturno, o desgraçado sorriu da forma mais irritantemente sexy que já vi.

Jeon Jungkook era um porno ambulante.

Aproximou os lábios de meu ouvido, de forma manhosa e me causando arrepios por toda a extensão corporal, ele sussurrou:
– Fala pra mim Taehyung... por favor.

Respirei por entre os dentes, travando minha mandíbula.
– Vai pro inferno – respondi secamente.

O agente riu e deu uma certa rebolada em meu quadril, lentamente, me fazendo arfar.
– Vamos juntos.

Fechei os olhos mantendo minha concentração em seguir meu objetivo, eu fui pago e treinado para ser um mestre do crime.
Fique firme Kim Taehyung, você é o V!

– Okay, vamos mudar os métodos – Jeon decidiu, pegando sua arma, ainda sentado com a bunda bem em cima de meu membro que se mostrava um pouco necessitado.

Observei o garoto tirar todas as balas da arma, e acho que minha expressão mostrou o quanto eu estava confuso.
– Vou deixar apenas essa aqui, ela é especial! – ele me mostrou a pequena munição e colocou o último encaixe. – Você tem cinco chances, ou morre.

Maravilha

A arma foi pressionada em minha cabeça, e involuntariamente sorri debochado.
– Armas na cabeça não me assustam, nem com cinco disparos para morte.
– Não é a questão de quantos disparos uma pessoa pode dar, é a precisão que acerta o alvo. – citou a frase tranquilamente, chegando perto o suficiente para nossas respirações se misturarem.

Mission Impossible - TAEKOOK (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora