Quarto de hotel

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No dia seguinte, invadimos o outro lugar em que possivelmente a gangue poderia estar, e adivinha quem me desarmou? O tal de Chefe de gangue.

Taehyung pós a arma em minha cabeça e sussurrou em meu ouvido:
- Como me achou?
- Eu sempre vou te achar, Kim, sou profissional no que faço - olhei para o teto - Que lugar sem classe.
- É o que a casa oferece.

Antes de lutar com ele, vi que sua perna tinha uma grande faixa e que ele andava com dificuldade, sorri, eu havia feito um ótimo trabalho.
- Como está sua perna? - Perguntei, ele fez a volta e ficou de frente para mim.
- Bem, graças ao Yoongi, que bom que perguntou - eu precisava era ganhar tempo, não ser amigável, o plano era esse, o bonitinho sendo a distração enquanto Soobin, Yeonjun e o nosso novo parceiro Taehyun, pegassem os outros.
- Kim? - chamei.
-Fala, Jungkook - Taehyung me colocou sentado em uma cadeira, ainda com a arma apontada em minha testa.
- O que você acha de eu por um piercing? - Ele riu, e riu de novo, parou, e tornou a rir novamente, então me examinou e riu mais um pouco.

Revirei os olhos.
- Você? - duvidou, ainda rindo - E pretende por onde?
- Na boca - sorri, me escorando na cadeira. O gângster caiu na gargalhada de novo.
- Aposto que não vai conseguir nem beijar.
- Não vou é? - Desafiei. Taehyung ficou sério, assim como eu quando levantei daquela cadeira e caminhei até ele.
Foi minimamente, mas levantei um pouco meus pés, e deixei o rosto aproximar do inimigo, e quando nossas línguas se tocaram... suspirei, poderia muito bem aproveitar o momento, mas tinha uma missão! Precisava de foco.

E no segundo em que Taehyung abaixou a arma para segurar em minha cintura, eu ergui lentamente a perna e peguei o spray de pimenta que tinha preso na later de meu coturno.
Borrifei no rosto dele, que largou a arma para proteger os olhos.
- Novamente o mesmo erro, lagar a arma - Apontei para ele e liguei o rádio -Soobin, estou com ele
- Ótimo, Jeon, pena que os outros não estão no local.

No meu sonho, um anjo entrava pela janela de meu quarto de hotel, me fazendo suspirar ao aparecer em minha frente.
Mas um anjo não cobriria minha boca, e muito menos imobilizaria minhas mãos.

Dei um pulo na cama ao perceber que não era um sonho, aquilo estava acontecendo, e o ser humano estava longe de ser um anjo.

Tentei gritar, mas minha mão continuava coberta pelas mãos firmes do meu inimigo.
- Olá - a voz grossa coçou meus tímpanos.

Encarei incrédulo os olhos escuros e o cabelo preto em cima de mim, revirei os olhos.
- Eu vou te soltar, mas tem que me prometer que não vai gritar - Pediu, balancei minha cabeça, confirmando meio contragosto.

O aperto aos poucos diminuiu e logo fui solto.
Sentei na cama, ainda sendo vítima dos olhares de kim Taehyung, ao me sentar, apoiei as mãos sobre o colo e sorri debochado.

E então abri a boca, e grite.

Porem, o som não saiu, ele foi abafado, mas não foi as mãos gélidas que senti contra minha boca dessa vez. Foi algo quente, macio e convidativo, algo que queria fazer com que me rendesse, algo que estava difícil de lutar contra. Os lábios do inimigo estavam me impedindo de gritar.

Empurrei o peito do mesmo, e rapidamente levei a mão para baixo do travesseiro, procurando minha arma.

- Acha mesmo que eu deixaria um espião armado enquanto conversamos? - perguntou Taehyung, com aquele sorriso diabólico nos lábios rosados.

Ao me ver sem opções, pensei em lutar, mas seria inútil.
- O que você quer? - indaguei, me aconchegando em meus cobertores.
- Eu disse que nos veríamos em breve - Respondeu.

Mission Impossible - TAEKOOK (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora