▪ CAMINHOS PERIGOSOS ▪

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Não é que eu tenha medo de morrer. É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer.

 É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer

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— Ele deve dar notícia. — Minha tia era esperançosa. Eu não falei nada para ela sobre o dinheiro que papai pegou emprestado, nem para a polícia, mantive minha palavra. Entretanto, quanto mais eu vejo os dias passarem mais eu coloco em dúvida se estou fazendo certo.

Liguei milhões de vezes para seu telefone, não atendeu. Dei várias voltas na cidade, não encontramos. Passamos novamente em delegacias, hospitais e necrotérios, nem sinal de Felipe no local.

Ele nunca havia desaparecido e aquele medo de alguém ter o matado tomou conta de mim de uma maneira tão intensa que sentia a pressão arterial subir e descer me deixando fraca e sem conseguir pensar direito.

— Ele não pode me deixar sozinha. — As lágrimas desciam. Dentro de mim era um misto de revolta e tristeza.

A falta de notícia de meu pai e todas as complicações que isso traria estava me destruindo de dentro para fora.

— Ele não vai. — As mãos dela apertaram meus braços. — Seu pai está sendo um inconsequente em fazer de sua vida uma bagunça, mas ele vai voltar, vai explicar por que sumiu por tantos dias e pedir desculpas. Pensar no pior não vai ajudar.

— Ficar sem notícia dele é que não ajuda — disse um pouco tomada pela revolta. — Ninguém viu ele em lugar algum. Foi engolido pela terra? — Passei a mão no rosto, enxuguei o suor que começava a brotar na testa e respirei o mais fundo que poderia fazer. — Vou pegar o carro e rodar mais um pouco na cidade. Alguém dever ter visto ele.

— Fique em casa, amanhã pela manhã eu faço com você.

Eu não conseguiria, não aquela noite, não depois de tanto tempo sem uma única resposta.

Peguei as chaves do carro.

— Prometo ficar atenta e não me descuidar. — Beijei o rosto dela. Senti me segurar, como se temesse quando eu saísse, como se eu não pudesse mais voltar.

COMPLETO DIA 20 DE DEZEMBRO | AMAZON.Onde histórias criam vida. Descubra agora