Capítulo 43

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                        Pov Rose

          Tudo estava muito confuso, minha cabeça estava fora do eixo, imagens das pessoas que matei estavam vivas em minha mente indo e vindo como uma gangora, quando vi Dimitri todo amor que sinto por ele voltou a todo o vapor, senti a culpa me corroendo aos poucos com todas as lembranças, eu havia matado Pavel, luke e Janine minha mãe, e isso se possível quebrou mais o meu coração.

         Eu havia machucado lissa e a culpa só aumentou, eu precisava sair de perto deles tinha medo de machuca-los então decidi voltar para a guerra que acontecia do lado de fora, olhei para Adrian precisava checar se ele estava bem e para o meu alívio ele estava.

          Raiva, ódio e mais uma porcentagem de culpa me atingiu quando vi Natasha, raiva e ódio por ve-la ali e lembrar de tudo que ela já havia feito, culpa por saber que eu fui a responsável pelo seu estado, ela era uma strigoi e ninguém por mais ruim que seja não merece tal castigo, é um preço alto demais.

         Ver quase toda a corte me olhando com medo, nojo e raiva fodeu de vez comigo, eu não merecia ficar entre eles eu era a maçã podre no meio de todas as outras maçãs, quando pediram para que eu fosse presa o medo me atingiu eu odiava me sentir enjaulada, mas algo me veio a cabeça, eu fiquei presa em meu próprio corpo por meses machucando e matando inocentes, ficar em uma cela era pouco para mim, morrer seria mais adequado mas eu era muito covarde para tentar algo contra mim mesma, então passar talvez o resto da vida enjaulada seria um pequeno preço a se pagar, então me entreguei por vontade própria, desisti de tudo e automaticamente de todos também.

          Agora aqui estou eu presa enquanto a bagunça que fiz está sendo organizada, sabe qual é a coisa mais irônica no momento?! Eu estou na mesma cela que estive quando fui acusada por matar Tatiana, e tal coincidência me fez soltar uma risada, eu já começava a achar que eu tenho alguma ligação com ela.

        Minhas costas doíam pela atividade do dia anterior e pelo colchão duro, já estava aqui presa a vinte e quatro horas eu só soube disso por causa do relógio de ponteiro que está na parede em frente a minha cela, ninguém havia aparecido por aqui e eu agradecia mentalmente por isso, meu passa tempo era ficar olhando para o teto, se alguém me visse agora com toda a certeza acabaria que eu era uma doida completa, imóvel fitando o teto e com uma cara de tédio esse é o meu estado no momento não tenho ânimo para nada, mas revivo tudo oque fiz todos esses meses e de vez enquanto uma lágrima solitária rolava pelo meu rosto.

         Em algum momento acabo acontecendo, acordo suada e me sento e encosto a cabeça na parede, partes do sonho volta a minha mente, sou tirada dos meus desvaneios por passos no corredor, minha pouca paz estava prestes a acabar.

          —" Olá Rosemarie". Disse Alberta chegando o rosto perto da grade, suspiro pesadamente e olho em sua direção, Mikhail, Eddie, Dimitri e até mesmo Abe está ao lado dela, o perfume de Dimitri invade minhas narinas, em primeiro momento a saudade me invade mas logo depois imagens de quando quase os matei vem a mente, tento parecer desinteresada mas tenho certeza que mais se parece com uma careta.

        —" Oque vieram fazer aqui?". Digo baixo e me surpreendo com o tom frio que saiu.

         —" Precisávamos saber como você está, o concelho irá fazer testes com você, para ter certeza que você não é mais uma strigoi e blá, blá, blá ". Disse Abe me encarando e não havia nenhum resquício de sorriso em seu rosto, porque ele sorriria pra mim?! Afinal eu matei minha mãe e Pavel em sua frente.

        —" Agradeço a preocupação, mas não me importa com oque façam comigo, então agradeceria se fossem embora mazur". Digo firme, ficar perto deles trás tudo oque fiz de ruim a tona, agora entendo porque Dimitri me afastava, as memórias são terríveis e doi como o inferno.

        —" Eu sei exatamente oque está sentindo, e quando eu estava na mesma situação você lutou por mim, e eu vou lutar por você Rose, porque eu te amo e porque oque aconteceu não foi sua culpa". Disse Dimitri me olhando intensamente.

          —" Tenho algo pra dizer, primeiro é que eu prendi Robert dorú em um caminhão não muito longe da corte acho melhor vocês irem atrás dele, e segundo e que não há mais ninguém em tarasov, transformei pessoalmente a maioria deles é o restante eu matei acho melhor irem lá checar o estrago que fiz, mas tomem cuidado eu deixei um strigoi lá para vocês não perceberem oque havia acontecido". Digo mudando de assunto, vejo a expressão deles mudar de descrença para horror.

         —" Não é possível, aquele lugar é enorme". Disse Eddie me olhando.

         —" Vejam vocês mesmos, acredite isso não chega nem perto de tudo oque eu fiz durante todos esses meses". Digo abaixando a cabeça.

          —" Eu vou checar tudo isso que disse Rosemarie, vou deixar Dimitri aqui para te fazer companhia ordem da rainha". Disse Alberta como se pedisse desculpas pelo oque disse.

         —" Tudo bem Alberta". Digo a ela, Alberta apenas acena e sai com Eddie, Mikhail em seu encalço.

        —" Como você está garota?". Perguntou Abe me olhando.

       —" Eu tô bem velhote, só quero ficar sozinha". Digo voltando a deitar no colchão duro.

         —" Tudo bem, mas não adianta tentar me afastar ou afastar os outros, não vamos deixar você sozinha nessa". Disse Abe ainda parado perto da cela.

          —" Pois deveriam". Digo virando as costas para a porta.

          Ouço passos se afastando, denunciando que Abe resolveu ir embora, solto um suspiro pesado, não sei quanto tempo se passa, penso que estou sozinha, grande engano ouço um clik e logo depois o som da porta se abrindo, olho imediatamente em direção a porta e vejo Dimitri dento da cela trancando a porta por dentro da cela trancando a porta por dentro, meu coração dispara meu corpo arrepia e um frio sobe pela minhas costas quando vejo Dimitri me encarando.

         —" Você não devia entrar aqui, eu posso acabar machucando você". Digo firme e agradeço mentalmente por não ter vascilado.

        —" Eu não vou sair daqui, e você não ira me machucar". Diz ele se aproximando, sinto o cheiro da sua loção pós barba, minhas pernas ficam bambas meu coração se possível fica mais acelerados, droga eu preciso me afastar.

          —" Não chega perto, por favor Dimitri eu não quero machucar você, será que não entende?! Todas as lembras estão bem vivas em minha mente, me lembro de quase machucar você é de ter matado pessoas importantes, eu não tô conseguindo lidar com isso". Digo sussurando, lágrimas escorem por minhas bochechas, minha cabeça doi droga oque ah de errado comigo, meus olhos ardem, Dimitri percebe que algo está errado e me prende em seus braços feito minha cabeça em seu peito.

        —" Respira com calma Roza, isso irá passar, eu sempre estarei ao seu lado porque eu amo voce". Dimitri diz em meu ouvido, levanto minha cabeça para olhar em seus olhos, Dimitri me olha intensamente aos poucos vai se aproximando, fecho meus olhos quando sinto seus lábios nos meus, nosso beijo e calmo e transmiti toda saudade e amor que sentimos, sua língua explora todos os cantos da minha boca, como senti saudade disso solto um gemido baixo em seus lábios, sinto algo gelado e duro em minhas costas e percebo que Dimitri está me empresando na parede.

         —" Eu senti tanto a sua falta". Dimitri diz e quando penso em responder alguém arranha a garganta chamando nossa atenção olhamos em direção a porta e vejo Eddie com um sorriso de lado, sua expressão logo fica seria.

         —" Eles estão vindo". Ele diz, solto um suspiro e Dimitri me aperta em seus braços e beija minha testa, tava tudo muito calmo pra ser verdade.

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