chaos, flames and more chaos

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Natália P

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Natália P.O.V.

Bem, já faziam cerca de dez dias que nós estávamos naquele lugar. Eu, sinceramente, não via jeito algum de dormir a não ser chorando até pegar no sono. Desesperador era uma palavra muito fraca para o que estávamos passando.

Helena, Bruna, Carlos e eu passamos a dormir na mesma casa, queríamos economizar energia e água. Após o colapso e óbito de Larise, todos ficamos fragilizados, com o emocional abalado.

Ainda não tinhamos tais orientações, e era difícil seguir vivendo em uma nova sociedade sem alguém para nos guiar.

Capela, 9:35.

Os adolescentes que estavam presentes no momento da tragédia se juntaram para o até então enterro de Larise. A áurea do lugar era de pura tristeza exalada por todos ali.

Helena, namorada de Luke, recitava uma frase retirada de algum livro; extremamente reflexiva, a frase refletia exatamente o que eles estavam passando ali naquele momento.

- Apesar do sol nascer novamente, o trem da ferroviária não passou pela manhã, e nem passará porque não há passageiros para embarcarem. - Ela disse, por fim, fazendo todos se tocaram de quão adequada era aquela citação para o momento que presenciavam.

- Ótimo, ótimo... Vamos supor que você goste do Jack e do Gordie ao mesmo tempo. - Natália supôs, sorrindo para Helena que a acompanhava na caminhada. - Não. - Rebateu Helena com simplicidade.

- Ah, mas é claro que gosta. Eu vejo seus olhinhos brilhantes diretamente para ambos. - Natália concluiu, dando de ombros com obviedade.
- Você é um saco.

Enquanto caminhavam, davam uma breve olhada pela cidade. Era estranho ver a, até então habitada e animada cidade, agora abandonada como um filme de terror.

Na frente da escola havia um banquinho, e ali se localizava uma garota que estudava na sala do último ano das amigas; ela parecia esperar algo, olhando para a rua com um sorriso leve com fundo de desespero.

- Ãh... Gretchen? - Helena falou semicerrando os olhos, enquanto a garota as olhava com o mesmo sorriso. - 'Tá tudo bem? Quer alguma coisa?
- 'To bem, não preciso de nada não. - Respondeu a garota, com as mãos entre as pernas.
- Você 'tá fazendo o que? - Natália perguntou, sendo imediatamente respondida:
- Esperando, sei lá... Hoje seria o dia em que a gente voltaria, então... Seguindo essa lógica, pensei que alguém poderia vir buscar a gente. Nossos pais podem aparecer, ou talvez os ônibus podem vir nos buscar.
- Acho que não precisaria ficar aí, não é? A gente 'tá indo para capela. Quer vir junto? - Natália questionou, por fim, numa última tentativa.
- Não, obrigada. Eu preciso ficar aqui. - Gretchen completou com simplicidade, vendo que as garotas já saíam dali se entreolhando.

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