Despertei sentindo uma brisa leve me tocar a pele deixando rastros sutis na curva do meu pescoço. Algo pinicava a minha pele exposta e fazia cócegas como plumas leves. A sensação de acordar desta forma era tão boa que parecia projetada de um sonho. Um sonho bom, doce e acolhedor.
E por falar em sonho me veio rapidamente a cabeça as memórias da noite passada. Que noite. Lembrar as coisas que eu e Can havíamos feito durante a nossa primeira noite no Líbano me fez soltar instantaneamente um sorriso largo.
- Acorda dorminhoca - senti o hálito quente de Can em pescoço e me esforcei para abrir meus olhos - Bom dia, ou acho que devo dizer boa tarde - ele riu depositando um selinho em meus lábios e eu pisquei meus olhos o encarando - Você tá bem? - me perguntou com uma nota de preocupação na voz que eu logo entendi o porquê
- Se você está perguntando porque está preocupado por ontem, saiba que eu estou bem sim.. acho que consigo andar normalmente hoje - disse rindo ainda sonolenta e ele revirou os olhos
- Engraçadinha! Acho que exageramos um pouco.. fiquei receoso de que hoje você acordasse com dor - explicou
- Meu amor, não se preocupe.. - disse rindo - Eu adorei o exagero! - pisquei pra ele que riu balançando a cabeça - Inclusive foi incrível - completei
- A noite?
- Não! A banheira! - ele me encarou perplexo e eu pressionei os lábios controlando o riso pra depois cair na gargalhada o fazendo rir também
- Você é impossível - disse rindo e cutucando meu nariz como sempre fazia enquanto eu o puxava pra deixar um beijo calmo em seus lábios
Estávamos no meio do beijo quando a campainha do quarto tocou nos trazendo de volta a realidade. Separamos nossos lábios enquanto alguém chamava por Can do lado de fora da porta. Como estávamos em seu quarto ele logo se levantou para ir atender e eu rapidamente procurei algo para me vestir já que estava sem nada tapando meu corpo. Encontrei uma camisa de Can jogada no chão ao lado da cama e vesti.
Procurei meu celular para checar que horas eram enquanto ouvia sem dar muita atenção a conversa de Can com alguém que parecia ser funcionário do hotel. Abri a tela do meu celular para só então descobrir que já se passava de 11 horas da manhã no horário local.
Meu Deus, eu havia dormido muito!
Fiz uma nota mental de a quanto tempo eu não dormia tanto, e atribuí a culpa de tanto sono a noite mal dormida ou devo dizer "noite não dormida" que tive.
Me sentei na cama quando ouvir a porta se fechar e os passos de Can no corredor.
- Meu amor, porque você não me acordou mais ced... - interrompi a minha fala assim que Can apareceu a minha vista com um lindo buquê de rosas vermelhas delicado e tão enorme que conseguia tapar completamente a visão do seu peitoral - São pra mim? - perguntei embasbacada.
- Sim, meu amor! - Can me respondeu se aproximando de mim que permanecia estática sentada na cama com um ar maravilhado de quem havia acabado de ser pega de surpresa - São pra você! Parabéns pelo prêmio!
- Ahh Can - choraminguei recebendo o buquê de suas mãos - Obrigada,amor! Não precisava.. - o olhei bestificada - Eu ainda nem recebi o troféu!
- Mas você já é a premiada,cara linda.. nem precisa de troféu - ele disse sorrindo o suficiente para me fazer derreter e alargar involuntariamente o meu sorriso
- Aah obrigada,Can.. eu realmente amei - agradeci enquanto o abraçava de joelhos na beirada da cama o apertando em meus braços
- Eu estou orgulhoso de você! - afirmou depositando um beijo suave em minha testa
