11 parte final

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- Pai, mãe essa é Lavínia Almeida, minha namorada, trabalha na "livros e sonhos", foi efetivada recentemente, Lavínia esses são Carlos e Eleonora meus pais .

Seu Carlos me oferece a mão apertando, aperto firme.

- Eu soube ,meus parabéns inclusive, seja bem vinda ao grupo, seu autor está trazendo um grande barulho para empresa, temos muita expectativa nele.

- Obrigada falo, é um prazer conhecê-lo.

Sinto-me deslocada nesse ambiente, não consigo detectar nenhuma semelhança de Gaelio para com seus pais.

- Bem vinda querida, você é hum... Exótica. Dona Eleonora me analisa dos pés a cabeça, como seu eu fosse um bicho raro, ainda com seu sorriso falso nos lábios vermelhos.

Dou o meu sorriso mais desconfortável como resposta, olho para Gaelio que tenciona a mandíbula encarando a mãe.

Depois desse primeiro contato conversamos mais um pouco antes de irmos para sala de jantar, que é grande, iluminada, com mesa daquelas que mais parece mesa de castelo, Gaelio puxa a cadeira para que eu sente, senta ao meu lado, sua mãe senta do lado oposto, seu pai como esperado fica no centro, logo Margot entra acompanhada de mais duas funcionárias com o jantar em um carinho, daqueles que costumamos ver nos hotéis, começam a servir, colocando os pratos diante de cada um de nós, a entrada é uma salada verde com cogumelos, o prato principal foi um risoto com filé mignon a base de vinho tinto, a sobremesa ficou por conta de uma torta de pera com recheio de chocolate, com vinho branco sendo de acompanhamento, comemos num silêncio constrangedor, mesmo tudo estando delicioso não tive apetite e comi pouco, principalmente por conta doa olhares em mim me analisando o tempo todo. Quando terminamos mais uma vez vamos para a sala onde sentamos eu e Gaelio em um sofá e seus pais em outro, sua mãe sempre me olhando com um sorriso meio debochado nos lábios, meu namorado parece perceber porque está com uma cara de poucos amigos, sempre que olha para a mãe.

- Querida até que você se saiu bem no jantar, preparamos algo mais simples para facilitar para você, sabemos que as pessoas mais necessitadas não tem muito costume com um jantar assim mais refinado, muito embora você tenha comido bem pouco, pelo seu físico imaginei que comeria bem mais.

Ela disse essa frase cheia de indiretas com sorriso no rosto e um olhar caprichado de uma falsa doçura, queridos tem uma naja número dois na minha vida e se ela não fosse a responsável por dar a luz ao ser que eu amo, eu acho que agora seria hora de uma bela de uma resposta.

- Na verdade eu não sou tão leiga assim, já tive oportunidade de estar em alguns jantares mais refinados antes, muito embora não seja tão privilegiada quanto vocês em questões econômicas. Digo com o mesmo sorriso falso direcionado a ela , como cortesia, ignorando seu comentário sobre meu peso, sinto seu rosto se desmancha um pouco mas ela logo se refaz, dessa vez quem fala é o marido, noto meu loiro cada vez mais tenso ao meu lado, seu olhar está quase fulminando a mãe, aperto suas mãos para demonstrar eu está tudo sob controle.

- Eu fiquei muito satisfeito quando soube do namoro de vocês pelos tablóides, meu filho precisava mesmo de uma mulher, faz tempo que não se envolvia com ninguém e eu já estava começando a acreditar em boatos sobre sua sexualidade, homem que é homem, não pode passar muito tempo sem uma mulher ao lado, tem que provar sua masculinidade, já estava até pensando em intervir, mas ele resolveu isso antes.

Minha cabeça gira com essas palavras, como pode duas pessoas serem tão fúteis a esse ponto? Gaelio está com respiração tensa, mas vejo que está dando seu melhor para manter o controle.

- Tudo na sua hora papai, nem sempre é bom acreditar em tudo que se ouve. Ele sorrir, mas o sorriso é gelado.

Essa noite está me sugando cansada desses joguinhos, parece que estamos em uma espécie de guerra, e tendo que nos desviar de cada ataque inimigo, que bom que quem criou meu Gaelio foram seus avôs com ajuda de  Margot, porque tirando pelos pais que tem ele seria um típico play boy fútil.

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