FESTA DA FRATERNIDADE

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Assim que eu apareci na entrada da casa o Júnior já me comprimento e liberou a nossa entrada. A festa estava lotada, para todos os lados que você olhava tinha gente se pegando, bebendo e vomitando, isso tudo era só o começo. O pessoal estava indo pegar bebida e eu estava atrás do meu irmão, não encontrava ele em lugar nenhum do primeiro andar, fui para escada, ele provavelmente estava em algum dos quartos no 2° andar, ele era restrito e só os morados podiam subir. Na frente da escada tinha um menino magro, alto e meio desengonçado fazendo a vigilância, nunca havia visto ele em nenhuma das festas.
- Você não pode subir. -ele disse cruzando os braços, achando que de alguma forma me daria medo.-
- Sou irmã do Diego, eu tenho acesso a casa toda. -disse gritando na ponta dos pés, tentando alcançar seu ouvido e percebi que ele se arrepiou.-
- Nun-nunca ou-ouvi falar de você! -ele disse as últimas palavras tão rápido que eu quase não consegui escutar.-
- Me deixa subir.
O menino do nada descruzou os braços e a postura que estava ereta se curvou, me virei e vi Joe o olhando com a pior cara possível.
- Deixa ela passar! Tenho certeza que Diego não vai te deixar participar da próxima festa quando souber que você está fazendo a irmã dele implorar.
Eu vi o exato momento em que o menino engoliu seco. Joe sempre teve uma personalidade forte, ele e o meu irmão saíram do ensino médio juntos e vieram para a mesma universidade, desde então nunca mais se desgrudaram.
O menino nós deu passagem e subimos a escada juntos.
- Você não precisava falar assim com ele tadinho.
- Ninguém faz a nossa Seleninha implorar, você é parte dessa fraternidade também. -eu sorrir sem mostrar os dentes.-
- Qual quarto?
- O 3°.
Dei um beijo no rosto do Joe que entrou em algum dos quartos. Fui em direção ao 3° quarto, dei 4 toques, esperei 5 minutos e a porta foi aberta, revelando uma menina descabelada e rindo atoa, balancei e cabeça e entrei no quarto rindo.
- A festa nem bem começou Diego, quando você vai tomar jeito?
- Quando você namorar com alguém, ou seja, nunca! -ele disse gargalhando alto e veio pra cima de mim, me dar um beijo.-
- Sai pra lá, não quero beijo e nem abraço seu, não nesse estado, vai tomar um banho que eu te encontro lá em baixo.
- Recebendo ordens da mais nova. -ele disse mais para si mesmo do que pra mim.-
Fechei a porta, enquanto descia as escadas e avistei meus amigos na sala fazendo alguma brincadeira, no meio deles estavam Stefan, tinha deixado o nome dele com o Júnior, assim ele iria conseguir entrar sem complicação. Terminei de descer as escadas e me sentei no chão entre as pernas de Joe, que também estava na rodinha.
Estávamos brincando de "eu nunca" quando Stefan se levantou e disse que precisava conversar comigo. Demi e Dylan que já estavam alterados olharam pra mim e bateram as mãos no ar, fazendo um 'High Five' entre eles dois, eu dizia na minha cabeça: "hoje o beijo sai. hoje o beijo sai.".
Chegamos na área aberta da casa e eu pude perceber que Stefan estava nervoso, isso era óbvio, eu já tinha perdido as contas de quantas vezes ele passou a mão no rosto.
- Stefan, você está me assustando!
Nesse momento eu já não queria beijar ele, eu só queria o abraçar e foi isso que eu fiz, abracei ele com todas as minhas forças e senti lágrimas em meu ombro, Stefan estava chorando e eu não podia fazer nada a não ser o abraçar.
Ele se soltou dos meus braços e estava respirando fundo, tentando controlar seja lá o que for que ele estava sentindo. As pessoas estavam o olhando sem entender, os famosos fofoqueiros de plantão. Resolvi pegar Stefan pela mão, sem dizer nada e subi com ele para o quarto do meu irmão, ele se sentou na cama e eu me ajoelhei no meio das pernas dele, esperando o momento em que ele estivesse pronto para falar.
Seus olhos encontraram o teto e assim ficou por um bom tempo, até ele respirar fundo e olhar nos meus olhos.
- Eu não aguento mais esconder, não aguento.
- Você não precisa esconder nada, seja apenas você.
- Eu sou gay!
Aquilo me surpreendeu, eu fiquei sem palavras por alguns segundos, percebi que ele estava chorando de novo.
- Está tudo bem! Eu vou estar aqui, você sabe, certo? -ele assentiu com a cabeça.-
- Você acha que o pessoal vai mudar o tratamento deles comigo?
- NÃO, CLARO QUE NÃO!
Ficamos abraçados por um bom tempo até alguém bater na porta, foi apenas um toque, então conclui que não era o meu irmão, já que temos um toque só nosso.
- Está ocupado! -gritei sem soltar Stefan.-
- Eu vou me assumir se você prometer estar sempre ao meu lado. -ele se soltou dos meu braços.-
- Eu prometo! Agora vamos aproveitar a festa e você vai ficar com quem tiver contato, combinado?
- Combinado senhora Gomez. -ele respondeu sorrindo.-
Descemos as escadas juntos e o pessoal já estava todo espalhado, peguei meu celular para ver as mensagens

-Descemos as escadas juntos e o pessoal já estava todo espalhado, peguei meu celular para ver as mensagens

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Quando o relógio marcou 3h da manhã fui me despedir do meu irmão

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Quando o relógio marcou 3h da manhã fui me despedir do meu irmão.
- Já vou indo.
- Mas já? Dorme aqui. -ele fez uma carinha triste.-
- Meu vôo amanhã sai 9h, não posso.
Ele se levantou e me deu um abraço.
- Se eu conseguir levantar cedo te encontro no aeroporto. -me soltou do abraço e segurou o meu rosto.- Eu te amo muito.
- Eu te amo bem mais! -disse sorrindo.-
- Vai conseguir levar o Peter?
- Coloca ele no carro pra mim?
- Me da a chave.
Entreguei a chave pra Diego que foi em direção ao Peter, que dormia no chão, pegou ele no colo e foi em direção a porta de saída, me assustei quando Dylan apareceu de repente atrás de mim.
- Queria que o seu irmão me pegasse assim também. -dei um tapa na nuca dele rindo.-
- Vamos logo, ainda temos que deixar o Peter em casa.

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