Capitulo 01

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Desde os meus dez anos de idade que, passei a morar na França com uma das minhas tias, buscando ter dupla nacionalidade como ser fluente em três idiomas sendo eles, o meu nativo mandarim, francês e inglês. Lógico que nunca perdi contato com os meus pais sempre estando a conversar por ligações com eles, ou até mesmo indo passar algumas férias na China, isso é, antes da fase da faculdade se iniciar, portanto, hoje em dia raramente os visito, porém, papai quem planejou o cotidiano das minhas próximos férias deixando claro que, iremos passar um mês inteirinho na cabana do vovô junto a família Wu, até mesmo perguntou se me lembro do filho deles, lembranças para mim que não são frescas, pois é, esse meu tal amigo de infância não recordo bem.

— Se preparem para aterrissar, senhores passageiros!

Escutei a voz da aeromoça e olhando pela janelinha ao meu lado, esbanjei um imenso sorriso ao ver o aeroporto de Pequim, lembranças boas com minha família e outras nem tanto, com a escola a qual estudei por aqui antes de ir embora.

— Regressando à China ? — Perguntou o passageiro ao meu lado, assentindo com a cabeça afirmei o vendo sorrir de volta.

— Faz tanto tempo...

Minutos após o avião pousou e todos os passageiros foram saindo, demorei um pouco mais pela quantidade de malas carregadas de presentes para todos, como outra mala lotada até o talo só de lingeries exclusivos da França, afinal, lá é o país da moda. Primeiro, todas precisaram passar por uma fiscalização, indo mais à frente fiquei a esperar por elas, ansiosa pela da cor roxinha sendo a das minhas lingeries, quando a vi surgir saindo daquele bagulhinho cercado por bagagens, avancei na mesma segurando a alça, porém, assustei-me com a mão colocada por cima da minha e aqueles dedos cheios de anéis, erguendo um pouco a cabeça notei se tratar de um rapaz bem alto, mas como ele usava óculos eu não soube distinguir se era chinês ou estrangeiro.

— Passo anos fora do meu país, quando volto descubro que ele tenha evoluído em roubos ? — Ergui uma das sobrancelhas, me questionando sobre ele ser doido ou ter demência.

— O hospício é virando a esquina, idiota.

Tentando puxar aquela mala passei a ficar mais assustada com suas atitudes, ele não a largou ou puxou de volta, segurou foi meu outro pulso passando a ficar como uma estátua na minha frente.

— Essa mala é minha, garota!

— Te faz de doido, é ? Vai roubar a mãe, não a mim!

Dei um forte chute nas suas misérias fazendo ele cair de joelhos no chão com as mãos naquele lugar, apressei em sair andando rápido em direção a saída do aeroporto para pegar logo um táxi, quando a porta foi aberta por mim aquele desgraçado entrou na minha frente levando minha mala com ele.

— Seu filho da mãe! Ladrão cretino!

Como uma louca fiquei gritando esperneando na frente de muitas pessoas, pegando logo após o celular para fazer a denúncia sendo interrompida por um dos funcionários do aeroporto trazendo uma mesma mala idêntica aquela, no caso, sendo a minha.

— Oh, então foi um mal entendido ? — Sorrindo como uma maluca enquanto negava com a cabeça, chamei por outro táxi.

— Chegada difícil ?

— Cansativa e estressante, quase briguei com um maluco no aeroporto. — Respondi ao motorista, explicando o caminho da cabana para ele, mas, primeiro, pedindo para parar em algum moto de lanches pois me encontro de estômago vazio.

Quando ele fez essa breve parada sendo um tanto afastado da cidade já, descemos juntos ele indo abastecer e eu indo em direção ao pequeno comércio, encontrando poucas pessoas no local.

Entre Tapas e Beijos | ° Imagine Kris Wu ° | Onde histórias criam vida. Descubra agora