The same path

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LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Boa leitura <3

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Estranhei o frio assim que recuperei a consciência, não reconheci a maciez do colchão da minha cama ou dos cobertores que Jimin havia me dado, algo estava errado.

Percebendo que não conseguiria resposta alguma do que raios estava acontecendo se continuasse deitado, tentei erguer corpo e procurar uma luz. Porém, alguém foi mais rápido e apertou o botão que iluminou o ambiente e, naquele momento, desejei intensamente que se tratasse de mais um de meus inúmeros pesadelos.

Kwan estava ao lado da porta daquele cômodo que cinhecia muito bem, meu antigo quarto, com roupas surradas e uma garrafa de cerveja quase vazia em uma das mãos. Sua expressão não era uma das melhores.

- Olá, coelho.

Estremeci, todas as memórias que já estavam indo para o fundo da minha mente voltaram como um tsunami, sabia que não devia abaixar a cabeça para o Lee novamente, isso se tornou involuntário.

- Vamos lá, Jeongguk, tenho certeza que não se esqueceu o quanto eu odeio lhe perguntar algo e ficar sem respostas.

Estava abrindo a boca para responder quando uma das várias conversas que tive com Jimin e Hoseok vieram à cabeça.

Flashback on.

- Gguk, você tentou enfrentar Kwan em algum desses momentos de agressão? - o Park perguntara hesitante, sabia que se tratava de um assunto delicado.

- Não, hyung. Não sei se seria capaz de algo do tipo, tenho certeza que se acertasse um soco, levaria cinco como castigo.

- Nunca tentou sair de casa antes? - dessa vez o Jung que me dirigiu a palavra.

- Não, ele sempre dizia que se eu saísse da casa dele, seria pego pelo governo, por causa da minha idade e tudo mais.

- Você é maior de idade agora, Jeongguk, não precisa aguentar tudo isso. E, sobre você enfrentá-lo, tenho certeza que o derrubaria fácil, te vi fazendo queda de braços com o Hobi esses dias, e você não me parecia nada fraco.

- Pense nisso, Gguk, você não está mais sozinho, se um dia Kwan te encontrar, mostre a ele que aquele coelhinho indefeso deixou de existir.

Flashback off.

E agora estava ali, frente a frente com quem deveria enfrentar e mostrar que também possuía voz. Suspirei, fechei os olhos e levantei a cabeça. Respirei fundo mais uma vez antes de abrir os olhos e me certificar que minha voz não quebraria.

- Olá, Kwan. Como vai?

A surpresa nos olhos do mais velho estava nítida, a garrafa em sua mão foi ao chão, a cerveja se espalhando pouco a pouco pelo piso. Mesmo com os olhos arregalados, o Lee sorriu.

- Vou muito bem, e você provavelmente também está ótimo.

- Estou maravilhosamente bem, nunca estive melhor. Mas vamos ao que interessa, o que estou fazendo aqui?

- Oras, alguém precisava te lembrar que tem uma casa, ainda está sob minha tutela, de qualquer forma.

- Na verdade, sou maior de idade, não preciso mais de você.

- Me surpreende o quão independente você está, fico feliz em saber que fui um ótimo pai por todo esse tempo.

Não fui capaz de segurar, me levantei do fino colchonete no chão e comecei a rir, rir alto, até pequenas lágrimas surgirem no canto de meus olhos. Tomei a liberdade de me apoiar em seu ombro quando todo o riso cessou.

I'll show you the world ¦ pjm+jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora