Beber ou não beber, eis a questão!

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Ah, o álcool... Alguns bebem para se tornarem mais sociáveis, outros gostam das bebidas alcoólicas porque essas atiçam a criatividade e há quem use essa  substância versátil para amenizar momentaneamente " dores emocionais". No entanto, como diz um velho ditado chinês, todo prazer vem acompanhado de uma dor, e o álcool tem muitos malefícios. Mas, afinal, vale ou não a pena beber? 

Sinceramente,  não sei, nem acho que exista uma resposta válida para todo mundo, pois essa pergunta tem uma natureza subjetiva, ou seja, essa se relaciona com opiniões. Neste texto, senhores, pretendo desvelar essa questão, convido-vos a acompanhar minhas reflexões sobre esse assunto tão pertinente  ao âmbito social!

Primeiramente, é mister uma análise do significado da expressão " Valer a pena". O que significa isso? Valer a pena é ser algo que compensa beneficamente um sofrimento que precede ou sucede  a si mesmo? Sim,  isso precisamente é a definição que irei usar aqui para essa expressão inicialmente. 

Aquela pergunta implica, portanto, que bebidas alcoólicas estão conexas com algum sofrimento. E tal conexão é demasiada óbvia, ao meu ver. O álcool  diminui as habilidades motoras de motoristas e, assim, aumenta a tendência de ocorrer acidentes de trânsito,  essa mesma substância reduz a curto prazo a capacidade de reter informações no cérebro e, além disso, essa também  provoca declínio cognitivo a longo prazo, mesmo em pessoas que bebem "moderadamente". 

Enfim, já elucidei os benefícios e os malefícios do álcool, doravante, irei esmiuçar o significado da palavra "compensar". Quando dizem que um sentimento agradável compensou um sofrimento, isso significa que o primeiro tem um valor igual ou maior ao segundo, e tal valor, o valor do primeiro, é positivo? Bem, se isso for verdade,  é interessante analisar a maneira com a qual esses valores são mensurados.

É imprescindível  esclarecer qual parâmetro é usado para se fazer qualquer medição. No assunto deste texto, esse parâmetro está conexo com os sentimentos, certo? certo. Mas como quantificar nossos sentimentos? Uma análise de neurotransmissores liberados durante uma embriagues  é pertinente, tal como uma análise dos impulsos elétricos em nossos nervos que se traduzem em sofrimento. 

 Uma análise precisa sobre isso seria possível dizer com base num parâmetro objetivo se vale a pena beber ou não. Mas é verdade que mesmo não elucidando com precisão esses parâmetros, estamos dispostos a sofrer para obter prazer.  Francamente, ninguém  mede a quantidade de neurotransmissores em seu encéfalo, mas, na prática, o homem escolhe prazeres que precedem ou sucedem um sofrimento. A um  objeto  que mesmo provocando dor, ou sendo precedido de dor para ser escolhido, dizemos que vale a pena. 

Contudo, senhores, valer a pena é ,imprescindivelmente, causar prazer ao ser escolhido e mesmo assim,  ter o mérito de ser objeto de escolha. Tal escolha é individual e complexa. Essa se relaciona com nossos desejos, crenças e afinidades. 

Enfim, não pretendo criar nenhuma máxima aqui, apenas quis elucidar o fato de que beber ou não é uma escolha complexa. Isso  pode nos levar a outra indagação que é: Por que escolhemos o que escolhemos? Este é o tema do próximo capítulo.  

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⏰ Last updated: Jun 09, 2019 ⏰

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