Nana Rose

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Toni:

Já estávamos no avião, quase chegando na cidade que marcou todos nós, mas principalmente eu.Em Riverdale coisas sinistras, marcantes e fora do meu controle aconteceram.Por incrível que pareça eu amo Riverdale,consigo até fazer uma lista de por que amar essa cidade tenebrosa e maluca.Saio dos meus pensamentos quando Cheryl aperta nossas mãos entrelaçadas, ela estava com medo pela vó dela,com medo de ver a naja da sua mãe novamente e descobrir que o fato de sua vó está no hospital e culpa dela.

-Vai ficar tudo bem,eu estou aqui-Eu falo acariciando a mão dela com o polegar e a mesma me da um sorriso fraco.

-Será que Riverdale mudou?-Ela pergunta deitando a cabeça em meu ombro.

-Acho que continua a mesma cidade pacata e inocente por fora,mas se chegarmos bem perto veremos suas sombras-Eu falo olhando pela janela do avião na esperança de ver Greendale-Então não, Riverdale vai continuar a mesma...sempre.

Cheryl suspira quando o piloto avisa que vamos pousar,logo estávamos nos duas em um táxi indo em direção a Thistlehouse.Ao chegarmos Cheryl é a primeira a sair do carro,a mesma fica encarando a casa que não mudou absolutamente nada, enquanto eu me ocupou com minha mochila e as duas grandes malas da Bombshell.

-Vamos entrar-Eu falo fazendo Cheryl sair de seus pensamentos e abrir a porta da frente.A casa estava limpa,mas escura e silenciosa.

-Nada mudou-Cheryl fala olhando em volta.

-Vamos ver seu quarto-Eu falo subindo as escadas com Cheryl atrás. O quarto também não mudou muita coisa,a não ser a falta de roupas no closet, os perfumes,cremes e outros pertences que ficavam em cima da penteadeira,que agora estão em Nova York.

-Quando vamos para o hospital?-Cheryl pergunta deitando na cama enquanto eu coloco as malas em um canto do quarto.

-Logo,FP vai trazer minha moto-Eu falo me deitando ao lado dela e a mesma se aconchega a mim.

-Eu estou com medo-A voz dela saí baixa e sincera.

-Não precisa,ela esta esperando para te ver.Ela não partiu ainda porque precisava te ver-Eu digo afagado seus cabelos-Ela te ama e tem orgulho de você, assim como eu.

-Tudo bem-Ela fala receosa e meu celular da um barulho sinalizando que chegou uma mensagem.

-Minha moto já está aqui,vamos-Eu falo levantando e ela faz o mesmo.

Ao descermos a escada eu vejo minha moto azul.Tenho quase 100% de certeza que meus olhos brilharam,pois escultei uma risada divertida de Cheryl quando eu corro em direção ao meu bebê 2,até porque o 1 é a ruivinha dona da minha vida, e acaricio o tanque.

-Deus que saudades-Falo montando na moto e girando a chave na ignição, deixando o ronco conhecido ecoar pela rua deserta.

-Você ainda a trata da mesma forma-Cheryl fala rindo quando eu coloco o capacete em sua cabeça.

-Ela é meu bebê 2-Eu falo a ajudando subir na moto.

-E quem é o 1?-Seus braços envolvem minha cintura.

-Você, a ruivinha mais linda do mundo e minha razão de viver-Eu falo antes de dar partida na moto.

Adrenalina. Era daquilo que eu sentia falta, andar de moto pelas ruas de Riverdale,não tinha coisa melhor. Minha moto,minha cidade e minha ruiva!Combinação perfeita!

-Tem coisas que não mudam!-Cheryl grita se referindo a velocidade que eu pilotava.

-Ahhh você gosta!-Eu grito de volta e ela ri.

Em poucos minutos chegamos ao hospital, a expressa de Cheryl não era divertida, agora estava ficando mais séria a cada passo que dávamos dentro do prédio.

-Quarto de Nana Rose Blossom por favor-Eu falo educadamente para o recepcionista que assente.

-Quatro 20,final do corredor a direita-Ele fala e eu puxo Cheryl,que no momento parecia ter pedido as forças na perna.

-Vai ficar tudo bem-Eu tento tranquiliza-lá quando chegamos na frente do quatro.

Ela entrelaça minha mão com a dela e empurra a porta entrando no quarto iluminado pela tarde nublada de Riverdale. Na cama um corpo frágil estava deitado com olhos abertos,olhando para nós duas com um sorriso nos lábio.

-Minha neta-Cheryl desfaz o contato das nossas mãos para correr e abraçar sua avó.

-Vovó-A voz chorosa de Cheryl é escultada.

-Se aproxime Antoniette-Nana fala sorrindo quando Cheryl a livra do abraço e se contenta em pegar sua mão.

Eu caminho até a maca,ocupando o lado esquerdo da velha senhora e a dou um abraço.

-Eu preciso me despedir antes de tudo-Nana fala suspirando.

-Vovó eu...

-Cheryl não! Sabemos que o fim está próximo-Nana fala,mas sua feição não é de arrependimento ou medo e sim de esperança, alegria e pena.

Provocation II (CHONI)Onde histórias criam vida. Descubra agora