Capitulo dois: A regra Número 1

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Eu fiquei olhando boquiaberta para o cara inglês. Que segundo consta era meu instrutor de teletransporte. E se chamava Daniel. Ele também ficou me olhando. Meio curioso. Meio com aquela pompa inglesa. Por um segundo. Um microsegundo, eu acreditei. Depois comecei a rir de mim mesma a sacudir a cabeça. Ele franziu o cenho.

- Ai, na boa... Quem mandou você fazer isso? Admito que essa foi topizera.

- Essa o que? E como assim "topzera"?

- Essa pegadinha po. E "Topzera" é tipo, boa, muito boa é uma gíria e... Pera! Por que eu to tendo essa conversa? E como conseguiram alguém tão parecido com o Harry Styles? 

- Mais uma pessoa que me diz isso.... Sinceramente eu não acho. E tenho pelo menos uns quilinhos a mais que o Harry. E meus olhos são esverdeados e....

- Você conhece ele?

- O Harry? Minha cara, Londres é como uma enorme família onde todos se conhecem, se defendem e no fundo se odeiam.

- 'Cê acabou de me dar a definição de família no geral. Mas então você é inglês mesmo? Por isso fala esse português todo certinho? Eu disse em um tom meio divertido.

- Eu falo desse jeito, porque eu absorvo o idioma dos meus instruídos tal qual ele está na gramática. Assim como também recebi o francês da minha instrutora de teletransporte mas...

- Mano, da boa, eu tava começando a trocar um papo dez aqui com você, tentando ser de boa e tal... Olha meu dia está uma merda. Tem como você só me falar logo quem mandou você fazer isso?

- Claro que tem. Margareth Collet. A presidente do instituto "Milesaway", que é onde eu trabalho. O instituto ajuda pessoas em situações difíceis a se deslocarem. E é claro, regulariza os teletransporte.

- Eu ouvi o que ele disse com atenção e refiz a frase na minha cabeça. Embora parecesse algo muito elaborado, não fazia sentido nenhum. Olhei para os lados. tinha quer uma pegadinha de alguém. Da Elô talvez? Do Rick? Mas o cara continuava ali com aquela cara plácida. Então resolvi entrar no jogo.

- Prova ent-

Antes que eu pudesse terminar a minha frase o garoto simplesmente sumiu. um vento leve e uma fumaça quase imperceptível passaram por ele antes que ele sumisse. Eu olhei para todos os lados. Me levantei. Até em cima no abrigo do ponto eu olhei. Meu coração começou a bater muito rápido. Me sentei novamente e respirei. Senhor Cristo! Isso não é possível que isso estava acontecendo. Olhei para frente tentando me orientar e PUFF! O cara inglês apareceu na minha frente TOTALMENTE DO NADA. Dei um grito e um pulo do banco.

- Pois bem, agora que já provei, podemos ter uma conversa civilizada sem que você fique me contestando? Ou eu terei que pegar uma areia do deserto do Himalaya ou algo assim para você fizer contente?

- Você pode fazer isso?

- Não que eufazer. Mas eu posso.

- Olha... desculpa, eu estou muito confusa... Daniel?

- Eu prefiro que me chame de Harris.

- Ta me zuando! Eu falei lembrando da comparação com o Harry Styles. 

- Não. - Daniel disse revirando os olhos. - Meu nome é Daniel Harris. Não "harry", Harris. E a maioria das pessoas me chama pelo sobrenome. Mas eu pesquisei sobre o Brasil e vi que isso não é muito comum. Então pode me chamar de Daniel.

- Beleza Daniel. - Eu respirei fundo e tentei colocar as coisas em ordem na minha cabeça. - Isso tudo é muito doido. Eu estou tentando processar ainda. E eu estou esperando um ônibus para ir para a minha aula. Eu não sei nem por onde começar as perguntas.

Regra Número 12Onde histórias criam vida. Descubra agora