17ª Semana

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Eu ainda não estava muito feliz com tudo na minha vida, mas pelo menos estava me alimentando melhor. Parecia que meu filho tinha ganhado apetite e eu queria comer o tempo todo. Tudo que eu via queria comer. 

Sabrina tem a ideia genial de irmos ao parque no feriado, então me arrumo e desço esperando na sala. Como meus não ligavam mais para onde eu ia, não pedi permissão, apenas avisei a eles quando os vi na cozinha depois que desci com meu prato do almoço que iria sair de tarde e voltaria à noite, eles não falaram nada e também não fiquei para saber se diriam.

Ouço a buzina e levando do sofá, indo até a porta e Matheus esta ali, pronto pra bater. Rio e pego na mão dele o puxo comigo em direção ao carro.

- Isso que é rapidez. – comenta o pai de Sabrina ao me ver.

- Boa noite. – digo rindo.

- Oi miga! – grita Sabrina do banco da frente do carro.

Entro e sento no bando de trás, abraçando ela por trás e beijo sua bochecha.

- Oi.

Matheus entra e fecha a porta, se ajeitando ao meu lado.

- Partiu. – diz o pai de Sabrina nos levando para o parque.

Eu estava tão animada por isso. Não poderia ir em todos os brinquedos, pois a médica disse que eu não podia fazer tantos esforços, mas estava liberada para pelo menos ir na roda gigante e jogar os jogos. Então o caminha até lá é divertido, conversando com Sabrina e o pai dela.

- Ei. – Matheus chama minha atenção quando Sabrina e o pai comentam sobre algo entre eles.

- Oi? – olho pra ele, ainda rindo de pai e filha.

- Você tá bonita.

Fico meio errada com o elogio. Matheus nunca foi muito de me elogiar, e eu achava isso sempre estranho.

- Obrigada. – digo realmente feliz pelo elogio, pois fazia tempo que não ouvia algo assim.

Minha barriga já estava aparente, não era grande, mas era notável. Meu vestido hoje a deixava discreta. Fiquei incomodada de o usar pois ganhei um decote, já que meus seios aumentaram um pouco mais desde que engravidei. Eu sabia que era normal, por causa do leite, mas ainda sim era estranho.

- Você também tá bonito. – digo ainda me sentindo sem graça.

Ele sorri meio bobo e ficamos nos olhando. Me sinto o olhando com olhos diferentes, pois Matheus era realmente bonito. Nos conhecíamos a uns seis anos, então éramos meio crianças ainda, então não notamos muito a mudança no corpo um dos outros, mas notando agora, vi que seu rosto ganhou um pouco de ângulos e que ele tinha realmente uma pele lisa demais, não fosse pela leve pelugem de uma barba que devia vim por ai, mas eu sabia que jamais existiria porque era falha demais. Olho seus lábios, levemente grossos e rosados, beijáveis.

- Opa! Chegamos! – anuncia Sabrina.

Desvio o olhar e o momento se perde. Coro ao notar que jamais havia pensando em meu melhor amigo como "beijável".

- Venho buscar vocês depois. – avisa o pai de Sabrina – Então comportem-se até lá.

- Ai pai, para vai. – diz Sabrina dando um beijo na bochecha dele – Nada antes das nove, hein. – fala já abrindo a porta do carro e saindo.

- Obrigada, tio. – abrindo a porta do carro.

- Até depois. – diz Matheus.

- Divirtam-se. – fala ele.

Saímos do carro e acenamos pra ele que já esta dando a ré e saindo do estacionamento. Viro e olho pra Matheus, que está me olhando com intensidade. Engulo em seco e desvio o olhar pra Sabrina.

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