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Rodrigo observou mais uma vez a carta que havia chegado em seu nome, aquele convite já havia vindo de todas as maneiras que podia, pelo email, pelo instagram, pelo whatsapp e agora por carta.

Sua grande amiga, que estava finalmente produzindo o curta que tanto havia prometido, fazia questão que ele fosse parte daquele projeto.

Agora que as gravações da novela se encaminhavam para o final, seria bom dedicar um tempo a projetos pessoais... e talvez se afastar do Brasil, e tudo que lembrava Agatha fosse a melhor solução. Suspirou ao ver o nome dela brilhar em sua tela, pensou em recusar a chamada, mas mesmo que tentasse, não  conseguiria.

-Oi...
-Está em casa? -A voz dela soou rouca do outro lado.
-Sim, por que? -Ele riu fraco.
-Quer vir aqui... ou eu posso ir ai?
-Aconteceu alguma coisa? -Ele perguntou preocupado.
-Queria te ver...
-Estou indo... -Encerrou a ligação  sem deixar ela se despedir.

Rodrigo não conseguia nem mesmo mais negar que era vendido por aquele sorriso, por aquela mulher. Agatha foi durante muitos anos como sua utopia, intocável, impossível. 

Até que um dia ele a tinha em seus braços, depois do melhor sexo de toda sua vida. Mas com ela tinha sido mais, mais intensidade, mais olhares que diziam o que suas bocas desejosas não conseguiam... e sem nem mesmo perceber, ela fazia parte de cada detalhe nele.

Não havia nem meia hora que tinham se falado, e ele estava estacionando em frente ao prédio dela, recebeu autorização para que pudesse estacionar na garagem, e logo suas mãos ansiosas batiam na porta daquele apartamento tão conhecido.

Foi surpreendido pelo corpo que se encaixou ao seu assim que a porta se abriu, com o impulso de suas mãos as pernas longas se entrelaçam em sua cintura, e suas bocas se colaram como as velhas e saudosas conhecidas que eram.

Eles eram assim, imediatos, intensos... apaixonados. Os lábios de Rodrigo logo desviaram seu caminho até o pescoço desnudo e passaram a deixar beijos demorados ali, causando arrepios pelo corpo que ele tanto amava. Ver como ela reagia a seus toques fazia com que seu corpo implorasse por mais contato.


Caminharam cegamente pelo apartamento, e com alguma sorte chegaram até o quarto dela, os lábios dele foram direto aos mamilos turgidos, ansiosos por aquele contato.

Era incrível o poder que ela tinha, fazer ser cada vez melhor. As mãos de Agatha corriam livres pelo corpo dele, o corpo que ela havia desejado  desde a primeira vez, ainda que em segredo. Demorou a acreditar quando finalmente o teve só para si.

Logo as roupas já não eram mais um empecilho entre eles, seus corpos nus e suados buscavam por mais e mais contato, e Rodrigo quase perdeu o pouco controle que tinha, quando a preencheu e seu nome foi gritado, para quem quisesse ouvir.

Entre gemidos e juras de amor, sussurradas, Agatha entrelaçou seus dedos aos do homem que acelerou os movimentos e deixou que a melhor sensação do mundo a atingisse, sendo seguida por ele, e por eu te amos desconexos que saíam de seus lábios.

Se entregou a sensação de plenitude que só havia sentido com ele, e fechou seus olhos quando ele acolheu seu corpo naquele abraço que tanto amava. Não precisava dizer, ele sabia, ele sempre soube... mas seu peito explodia em ansiedade, e seus lábios verbalizaram o que seu coração já transbordava a tempos.

-Amo você...

We'll be a dreamOnde histórias criam vida. Descubra agora