Capítulo 2

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— E qual foi o valor que ele pagou  por mim ? E esse dinheiro já está na minha conta? —  Pergunto. Não foi com isso  que concordei, mas desde que eu tenha o dinheiro o suficiente para a cirurgia de Sara na minha conta antes de sair desse lugar,
tanto faz quem me comprou ou se estou sendo tratada como uma mercadoria porque, afinal, é exatamente no que me tornei quando optei por esse caminho por dinheiro. Em uma mercadoria.
  
—  Ele quer tratar o valor diretamente com você e a  sós no escritório de um dos donos. Será que agora você pode se vestir e vir comigo ?—  Perguntou ele já impaciente ,que acredito que seja pelo desconforto de  ainda estar  com a cabeça baixa  e olhando para os pés como avestruz assustado.

Analiso o que ele disse sobre o homem querer ficar a sós comigo antes de me pagar,e o resultado dessa análise, é um mal pressentimento. Um mal pressentimento que ataca meu corpo com calafrios,gelo no estômago e coração disparado feito uma britadeira ambulante.
E se o que ele pretende pagar pela minha virgindade for  menos que o  valor da cirurgia de Sarah ? Ou pior, e se ele  só tomar minha virgindade e  não me pagar coisa nenhuma?

Não era esse o combinado. O combinado era   que assim que  fosse vendida,eu teria o meu  dinheiro.  
E só então ,eu sairia daqui com o meu dono temporário, sabe lá Deus para onde e daria a minha virgindade a ele.
Não vou a lugar nenhum com esse homem sem saber quanto vou receber,se vou concordar com o valor e se  esse valor vai estar em minha conta.
Ninguém é meu dono ainda.
Não passei por tantas humilhações para acabar nas mãos de qualquer um sem receber um centavo. Se é para bancar a prostituta,vou fazer isso direito.

—  Não foi  com  esse arranjo que eu concordei. Concordei em participar de um leilão,onde no final dele,eu saberia exatamente por quanto eu  fui vendida e o valor estaria na minha conta antes de eu sair daqui.
Desse modo,as coisas pareciam seguras para mim. Do modo como esse Sr. Reynolds quer, nem um pouco. Não vou ficar sozinha com ele sem receber primeiro de jeito nenhum. Se ele está pensando que vai um fazer um teste-drive com o meu corpo antes de me pagar,ele que pode tirando o cavalo da chuva.

—Não precisa ter medo dele.  Ele não vai te fazer nenhum mal.

Uma risada nervosa me escapa.

Sério que ele  está me pedindo para não ter medo desse Sr. Reynolds quando até agora está com a cabeça nessa posição só porque ele pediu para não olhar para mim? E ele nem está aqui. 
“Não está aqui,mas está nos observando pela câmera para garantir que o medroso cumpra  sua ordem de não olhar para mim.

— Eu  tenho meus motivos para não cair na desgraça do  Reynolds se  foi  por isso que você rio.  — disse ele.

Não quero deixá -lo mais envergonhado do que sua voz demonstrou  que ele está, então, digo que não tem nada a ver com ele e sim com o meu nervosismo, que não deixa de ser a  verdade. Estou como  uma pilha carregada prestes a explodir.

— Olha,como eu já disse,você não precisa ter medo dele. O que acontece é que  o  Sr.  Grant Reynolds  é muito reservado e discreto sobre  sua vida pessoal. E devido a esse fato,não quer aumentar mais a  lista de nomes de pessoas que sabem sobre você.  Até agora,os únicos que sabem que foi ele que te comprou sou eu,os donos da boate,o assistente e braço direito dele e ,claro, você. Por isso quer negociar com você a sós.

Nem me  tornei uma prostituta,mas  já senti na pele  como era ser uma com aquelas  palavras.  
Claro que o Sr. bilionário não quer  que ninguém mais,além daqueles  que autorizou, soubesse sobre mim e 
de sua tara por virgens  por trás da imagem de homem importante e reservado. Mas quer saber? Não dou a mínima para isso ou para ele.  O que importa é o dinheiro. Se ele pensa que vou deixá-lo fazer um  test drive com o  meu corpo antes de me pegar, ele está muito enganado.

Um Contrato Indecente com O Bilionário Onde histórias criam vida. Descubra agora