— Cara, foram os melhores 13 dias da minha vida inteira. — continuou. — O Yukhei não parava de falar o quanto estava com saudades de lá... Não que eu também não estivesse com saudades eu também estava com tanta saudades que podia morrer! Foi tipo, mágico! O Chenle e eu fomos em várias lojinhas, compramos muitas coisas, muitas mesmo. Eu comprei aquelas máscaras que colocam na boca, como funcionam? Tipo, não é mais fácil só usar uma manteiga de cacau ou sei lá, muito mais barato! Paguei 23 reais nessa porra!
— Legal, entendi. Agora você poderia sei lá conversar com outra pessoa sobre? Já entendi que sua viagem de volta pra China com os garotos foi incrível e animada só que agora eu quero ficar sozinho.
Nakamoto falou com os braços cruzados e talvez meio frustrado. O segundo simplesmente o ignorou completamente, voltando novamente à falar como se o assunto não fosse acabar nunca. Tanto que quando viu que Sicheng teimava em continuar, Nakamoto revirou os olhos.
— Nós fomos em templos, cidades populosas, o hotel era bonito. Tinha um templo muito bonito, uma pena que não podíamos tirar fotos. Mas eu achei muito legal.
Dong olhou o teto pensativo caçando mais alguma coisa para comentar em sua mente nem um pouco vazia. Sem pensamento cabeça de vento, muito pensamento cabeça em desesperamento.
— Eu comprei até um dragão de pelúcia. Vou te mostrar.
Sicheng saiu dali indo até sua bolsa pesada e cheia de coisas novas que provavelmente renderiam mais assunto mais tarde, retirando de lá um dragão vermelho com detalhes amarelos, laranjas e verdes. Ao menos era fofo, novamente voltou a falar sobre a "mágica viagem de volta pra China". Estava tão animado que simplesmente começou a rir enquanto olhava a pelúcia em suas mãos. Quantas memórias boas tinham guardadas em sua cabeça? Ninguém podia explicar.
— Não vou mentir, não fui eu que comprei... Eu pedi para o Yukhei comprar pra mim. Fiquei com dó de gastar em besteira. — Sorriu.
— Não queria comprar besteira mas comprou uma máscara pra boca? Que piada. — Bufou.
— Eu achei que seria útil, sei lá. Vai que um dia eu use. Ainda tem umas 5 que eu não usei. Se você quiser eu te dou uma.
Nakamoto permaneceu calado. Na verdade nada do que Sicheng falava o interessava mais, já estava aguentando o Chinês à aproximadamente 1 hora e 40 minutos. Sicheng não parava de falar desde que chegou de sua viagem nem por um segundo, a não ser pra respirar, claro. Nakamoto já não aguentava mais. Sentia falta de seu querido Dong Sicheng porém começou a sentir mais falta do silêncio que parecia tão precioso no momento, o que poderia fazer por alguns 15 minutinhos de paz e sossego para acalmar a própria mente daquele dia de estresse?
— Cara, por favor. Eu só preciso de uns minutos de paz.
— Por que não aproveitou o silêncio enquanto eu não estava aqui? Trate de lidar com paciência, você é igualzinho à mim e eu nem sequer argumento contra. — Arqueou uma sobrancelha — Voltando. Eu e o Chenle passamos por várias barracas de comida de rua. Fazia muito tempo que eu não comia. Não são como as de restaurantes chineses aqui na Coréia, mas não deixa de ser gostoso!
Nakamoto levantou em busca de seus fones de ouvido. Sicheng ainda falava mesmo Yuta não prestando atenção por estar preocupado em achar seus fones de ouvido, o que foi sem sucesso pois, para sua tristeza e de seus ouvidos, não conseguiu achá-los. Nakamoto, frustrado sentou-se novamente no sofá ao lado de Sicheng que, como esperado, não parava com o assunto. Minutos depois, quem não perderia a paciência?! Nem um santo! Nakamoto explodiu. Uma hora ou outra isso aconteceria.
— Cala a boca, caralho! Que cacete!
— Pois vem calar, bonitão!
— Ah você duvida?
— Duvido! Um soco na boca não vai valer.
— Ah que pena. Então você quer que eu te cale sem um soco na boca? — arrumou o moletom que usava. — Beleza!
Em questão de segundos, Yuta fechou os olhos e puxou Sicheng pela gola de sua camiseta listrada e fofinha colando seus lábios de um modo suave e brusco ao mesmo tempo, não como um beijo forçado mas também não tão natural assim (?). Sicheng mantinha a expressão surpresa e assustada, Nakamoto de olhos fechados aproveitava o momento com cuidado e cautela por mais que estivesse gritando por dentro. O que o impulso não faz com a gente, não é? . Foi apenas um selinho demorado capaz de ter calado Dong Sicheng, um milagre eu diria. Quando ambos se separaram e se encararam Sicheng apenas o olhou, calado. Cantou aos céus Nakamoto ao mesmo tempo que fitou o chão; sem graça e com vergonha.
— É... Foi impulso... Eu acho...
— Impulso... Então já passou na sua mente antes me beijar, Yuta?
— Não! Ah, esquece o que aconteceu... Eu só tava bem puto com essa situação. Merda! Não vai acontecer de novo. Se isso for afetar nossa amizade, espero que você possa me... Perdoar, cara.
Sicheng permaneceu em silêncio encarando o japonês. Suspirava pesado e seus olhos estavam fixos no do oriental que já deixava de lado o fato de ter beijado seu melhor amigo à um minuto atrás. O silêncio constrangedor foi presente, Nakamoto simplesmente "ignorava" o fato e mexia no aparelho celular em suas mãos por mais nervoso e arrependido que estivesse ; já Sicheng, simplesmente fitava Nakamoto em completo silêncio. Yuta desviou o olhar do eletrônico e tentou se levantar, porém foi puxado por Sicheng sendo praticamente obrigado a se sentar novamente.
— De novo.
— De novo o que?
— Faz isso de novo, por favor.
— Quê?! — teve um sobressalto — É... Sério?
— Só me beija de novo!
Nakamoto faltou engasgar com a própria saliva. Realmente não estava esperando por isso num momento antes tão constrangedor. Agora estava mais pra momento boiolagem. Suspirou trêmulo e esfregou as duas mãos, sinal de ansiedade e nervosismo
—Você gostou...? Eu achei que você ia me bater.
— Eu não deveria mentir pro meu melhor amigo. né? Eu gostei muito disso... Agora faz de novo, é sério.
— Ok.
Com delicadeza, o japonês segurou sua nuca e começou um beijo calmo e cheio de nervosismo; Yuta fechou fechou os olhos e aproveitou ao máximo aquele momento que poderia ser único. Por mais que parecesse tão estranho era ao mesmo tempo tão mágico e incrível. Era como fogo. Sicheng levou os dois braços ao redor do pescoço do outro, os dois estavam totalmente colados e ambos torciam para que aquele momento não acabasse tão cedo ou que rendesse algo mais demorado. Aquele beijo durou no máximo 2 minutos, com algumas pausas e mãos bobas. Após, os dois se olharam totalmente ofegantes. Ambos com o mesmo brilho no olhar e sem nenhum arrependimento, mas também sem palavras e coragem — Que aliás era o que mais faltava para começar outro assunto. — Porém, Sicheng sorriu o que fez Nakamoto corar forte. Tão... Bonito. Ele não poderia mentir para si mesmo que não era a única vez que pensava isso enquanto suas bochechas esquentavam. meio sem opção, Nakamoto riu sem humor.
— É... Eu acho...
— Eu acho que te amo!
— Ah... — Nakamoto surpreendeu-se de tal forma que parou em choque.
— Você queria ouvir isso de mim, ou ainda quer que eu cale a boca?
— Eu fui um babaca... Desculpa.
— Eu entendo, Yutinha. Você só estava sem paciência.
— É, mas... Posso te beijar de novo?
— Seu fôlego não acaba?
— Eu esperei um tempo pra isso.
— Eu sabia. Pode sim Yutinha. Faz o que você quiser.
— Hehe...
Nakamoto riu e simplesmente continuou o que deveria ter começado antes. Sentia seu peito quente como uma fogueira cheia de amor acumulado, ao mesmo tempo doía de arrependimento ao ver que podia entristecer seu garotinho. Mas o que ele mais queria e sempre quis foi a presença de Sicheng pra sempre ou até seus últimos suspiros. Era paixão? Luxúria? Amor verdadeiro? Ainda tinham muito tempo pra descobrir isso.
Mas, de qualquer forma e o que quer que fosse, sabiam que era recíproco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
shut up, boy
Fanfiction綺麗な夜だから 哀しい夜だから優しく笑って見守ってあげる "Cale a boca, garoto" Dong Sicheng tinha um talento... Esse era: Falar sem parar, não podia ficar quieto por sequer um minuto. Em uma curta viagem que havia feito para a China, Sicheng encheu ainda mais sua boca para c...