bônus

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Não era como se o relacionamento dos dois tivesse mudado depois do que aconteceu, Yuta só ficou confuso em realmente estar apaixonado pelo seu melhor amigo. Mas não era tão fácil assim de se aceitar isso e principalmente de descobrir. o máximo que podia era só tentar ficar normal. Mas não dava pra ficar normal pois qualquer coisa, conversa, toque, troca de olhar o deixava nervoso. Não conseguia olhar em seus olhos e ao menos conseguia ficar sozinho no mesmo cômodo que Sicheng sem sentir a ansiedade correndo em suas veias, ficou alguns dias sem dormir pensando no eu tinha acontecido. Ele não assumiria tão fácil que lembrava de tudo com detalhes e que isso o fazia corar e ter alguns surtos de felicidade e ao mesmo tempo de quebra da realidade.

"Eu beijei meu melhor amigo..."

Mas Nakamoto estava curioso.

Afinal, que nome isso tem?

...

— Olha aqui, ou você é burro ou você se faz, Yuta! — O chinês gritou batendo uma das mãos na mesa. — Você quebrou meu fone que custou caro, vai me pagar outro agora mesmo! Eu não estou brincando!

De verdade, Yuta nem havia percebido que tinha quebrado aqueles fones. Estava tão distraído ouvindo música nos fones de ouvido, que não eram seus, que mal olhou para Sicheng e só foi obrigado à olhá-lo quando o garoto puxou a gola de sua camisa, tirou os fones à força do japonês e aproximou seus rostos. A lembrança do que aconteceu veio à tona na cabeça de Yuta que engoliu o seco e sentiu o estômago se revirar enquanto o tom rubo de suas bochechas já começava a ser presente. Seu rosto ardia quente como chamas, estava tão confuso e nervoso. Sicheng percebeu isso e se afastou quase que de imediato. Sua raiva havia cessado. Apenas dando lugar a um sorriso fofo.

— Oh. Seu rosto está... Bem vermelho.

— Eu tô vermelho?!

Se surpreendeu tampando as bochechas com vergonha, Dong Sicheng caiu na gargalhada o que fez o japonês se encolher e balançar os joelhos. Estava parecendo um idiota e isso o fez achar que Dong estava rindo de sua idiotice. Porém era diferente, muito diferente.  Sicheng se sentou ao lado do mesmo com um sorriso no rosto

— Cara, que fofo.

— Fofo? Quem é fofo?

— Você, imbecil! Você com vergonha quando eu chego perto me deixa feliz. Dá até pra ouvir seu coração batendo rápido! Tum, Tum. Tum, Tum. — Disse rindo.

Yuta estava um tanto quanto sem graça, mas riu também. Sicheng parecia despreocupado sobre como se não estivesse confuso.

— Sicheng... Eu queria conversar sobre a gente. Temos uma relação de um casal, eu estou confuso sobre.

— Confuso sobre o que?

— Será que não é amor?

— Eu te amo.

Yuta ouviu atentamente as palavras do chinês porém não conseguiu responder pois estava meio surpreso. Não era a primeira vez que Sicheng dizia isso mas sempre tinha o mesmo efeito no japonês. Borboletas no estômago, sem palavras. Isso parecia constrangedor demais. Se deu conta de que Sicheng sorria então sorriu de volta.

— Yutinha, você me ama?

— Oh, bem... Eu... — Yuta cruzou as mãos. — Eu acho que te amo.

Cheng sorriu e o abraçou. Yuta se permitiu sentir com cuidado o calor do abraço daquele quem amava. Devia o chamar de "amigo" ainda mesmo quando a única coisa que pensava era Dong Sicheng ultimamente? Era uma fase incrível em que sentiam a companhia um do outro como algo tão agradável que podiam morrer. Yuta simplesmente o abraçou mais forte.

— Ei. Cheng.

— Sim?

— Posso beijar você de novo?

— Pode... Sabe, não precisa mais pedir por isso.

Yuta fez. Beijou o chinês como se sua vida dependesse disso. Aquilo era amor, sempre tão traiçoeiro. Yuta se sentia nas nuvens ou leve como uma pena... Quando cessou simplesmente terminou com selinhos o que fazia Sicheng rir, envergonhado. Mas feliz! Quando sentiu seus lábios de novo a próxima coisa que prestou atenção foi o barulho da porta abrindo.

— Yuta, Devolve meu fone por favor... Ah.

Aquele era Seo Youngho parado na porta do quarto, um pouco em choque. Parecia um fantasma observando os dois garotos que pareciam as pessoas mais calmas do mundo. O Seo apenas suspirou forte; foi quando cobriu o próprio rosto com uma risadinha sem humor e totalmente constrangido.

— Perdão, perdão!

Seo logo se retirou com o rosto mais vermelho que um pimentão. Se apoiou na parede fora do quarto e começou a rir de nervoso enquanto tampava o rosto com vergonha, dentro no quarto Nakamoto olhou para Sicheng e riu feito idiota encostando a cabeça no peito do chinês que riu também.

— Então agora é oficial, Cheng. Eu te amo.

— Eu amo você também!

— Mas enfim... Vamos voltar para o que estava acontecendo?

— Claro. — Riu breve.

No fim, sempre foi amor.

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olhe a mídia! :)

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