Just fell

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O mar estava inquieto naquele fim de tarde, as ondas se jogavam com brutalidade contra a areia da praia, voltando para trás logo após, deixando uma espuma um tanto amarelada no fim do caminho, repetindo tudo de novo em um ciclo vicioso.

Chanyeol respirava calmamente com a cabeça entre meu pescoço, me causando arrepios sempre que ele expirava muito fundo ou quando davas leves selares castos no mesmo, o que não me causaria tanta euforia se não estivéssemos nos recuperando de um intenso orgasmo em meio a uma praia deserta.

Eu não sou do tipo que romantiza o sexo, até porque não a nada de amoroso em enfiar seu pênis em uma buceta - apenas pegando um exemplo comum, porque eu detesto bucetas, nada contra mulheres, elas são legais, só não gosto do que elas tem entre as pernas -. Isso é apenas um jeito de reprodução associado a romance pelo fato de estar envolvido com prazer, algo que as vezes nem é alcançado.

Como uma pessoa que nunca questionou a sua sexualidade tem certeza dela? É como nascer dizendo que preto é a sua cor favorita, sem nunca ao menos perguntar a si mesmo se ela é a sua cor favorita de verdade, você se prende tanto ao fato de isso é o certo(?) que cogita a ideia de gostar de outra coisa.

E isso não é apenas um discurso apontado o quanto a sociedade é uma merda sem nenhum sentido com a história, pois isso que eu disse foi basicamente toda a minha história.

Quando comecei a ter duvidas sobre mim e meu corpo, eu não tive com quem falar, meus amigos diziam que eu era louco e o conselheiro da escola não soube o que falar, então eu estava sozinho.

Com preocupações com o futuro, feridas profundas e incertezas na mente.

E então ele chegou.

Eu estou tentando não parecer a porra de um otário lesado falando sobre ele, mas é difícil não parecer um idiota quando se esta apaixonado.

Tudo nele parecia perfeito, fazendo com que os homens esbeltos das esculturas de Michelangelo parecessem apenas pessoas simples, daquelas que quando você passa por ela na rua apenas esquece de sua existência depois de alguns segundos, fazia o mar quebrando sobre as rochas pintado em tinta a óleo de Caspar David Friedrich virassem apenas tintas jogadas em um quadro qualquer, e tenho certeza que se fosse Chanyeol cheirando a flor no quadro de John William Waterhouse o quadro ocuparia o segundo lugar nas sete maravilhas do mundo, logo abaixo de Park Chanyeol.

Haviam se passado exatamente quatro meses desde que Chanyeol e eu começamos a namorar, vindo após um ataque de alergia vindo de mim por ele ter me dado um buque de rosas e um pedido desajeitado por ele após uma crise de risos, nunca fomos muito normais.

Com um pequeno cacto chamado Mike e um gato preto gigantesco e gordo chamado de Shoyu nossa família não poderia ser mais feliz, ainda morando no mesmo prédio de antes, mas agora juntos e em um apartamento um pouco menos pequeno agora.

Eu estava no chão, cansado, sem conseguir levantar e com feridas profundas, sem mover um músculo para levantar, então ele chegou, e me ajudou a levantar, apenas segurou minha mão e evitou com que eu caísse, pois quem se impulsionou para cima foi eu, eu que fiquei em pé. E daí em diante sempre que a vida tentava me derrubar eu dava uma voadeira na cara de vagabunda e gritava: “hoje não vadia”.

— É amor o que você sente por mim? — Chan sussurra perto do meu ouvido, descartando completamente a teoria de que só senti borboletas no estômago por termos transado a pouco tempo, já que já fazia tempo em que nós tínhamos feito isso.

Mesmo que houvessem inúmeras vezes das quais eu declarasse meu amor a ele, ainda ocorriam momentos em que Chanyeol se questionava se era o bastante para mim, esquecendo totalmente de todas as juras de amor que eu lhe fiz. E sempre que isso acontecia eu explicava calmamente para ele que o quanto eu o amava era o quanto ele me amava, não na mesma quantidade, pois ninguém ama ninguém na mesma intensidade, mas o bastante para que aquele sentimento fosse próspero, apenas amando de formas diferentes.

— Sim. — Respondo acariciando seus cabelos sedosos.

— Mas você me disse que não sabia o que era amor. — Diz relembrando uma de nossas antigas conversas.

— E ainda não sei. — Respondo observando sua expressão incrédula.

— Então como tem tanta certeza quando diz que me ama? — Pergunta meio desanimado.

— Se alguém não soubesse o que é tempo, como você o descreveria? — Pergunto.

— Como uma duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro; período contínuo no qual os eventos acontecem ou um determinado período considerado em relação aos acontecimentos nele ocorridos. — Responde rapidamente, sempre com a resposta de qualquer pergunta na ponta da língua.

— Mas você acha que a pessoa que não soubesse o que é tempo conseguiria o imaginar com precisão o que ele é? — Pergunto vendo sua careta confusa.

— Acho que... Não. — Responde meio incerto.

— Do mesmo jeito que há coisas que nos só sabemos, tem coisas que nos só sentimos. — Digo se orgulhando de mim mesmo por fazer um discurso bonito. — Então, apenas sinta Chanyeol.














Amanhã eu reviso (to com mt sono), ba cara(s) mo difícil faze o pov do baek, espero que tenha ficado a altura dos do chan, amanhã eu posto os agradecimentos tb bb

4:36 a.m. ×Chanbaek×Onde histórias criam vida. Descubra agora