Charles Bukowski era alcoólatra, mulherengo, viciado em jogo, grosseirão, sovina, preguiçoso e, em seus piores dias, poeta. Ele seria a última pessoa do mundo a quem você pediria conselhos ou que esperaria encontrar em um livro de autoajuda. É por isso que ele é é o ponto de partida perfeito. Bukowski queria ser escritor, mas passou décadas sendo rejeitado por quase todas as revistas, jornais, e agentes e editoras que procurou. Seu trabalho era horrível, diziam. Bruto, repugnante, obsceno. E, conforme as cartas de recusa se acumulavam, o peso do fracasso fazia afundar cada vez mais na depressão movida a álcool que o acompanharia por quase toda a vida.
Cinquenta anos, após toda uma vida de fracassos e autodepreciação, o editor de uma pequena editora independente desenvolveu um estranho interesse por ele. O editor não podia oferecer muito dinheiro nem prometer boas vendas, mas demonstrava uma feição incomum por aquele bêbado imprestável e decidiu arriscar. Era a primeira chance real que Bukowski tinha e, como ele se deu conta, provavelmente a única.
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Uma Estratégia
HumorChega de tentar buscar um sucesso que só existe na sua cabeça. Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço....