Capítulo 11

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Na mídia: música medieval. Amo!!! (Medieval Music Are you up for a Renaissance? Middle ages Festival!!)

Fetichismo

Homem, da vida as sombras inclementes

Interrogas em vão: - Que céus habita

Deus? Onde essa região de luz bendita,

Paraíso dos justos e dos crentes?...

Em vão tateiam tuas mãos trementes

As entranhas da noite erma, infinita,

Onde a dúvida atroz blasfema e grita,

E onde há só queixas e ranger de dentes...

A essa abóbada escura, em vão elevas

Os braços para o Deus sonhado, e lutas

Por abarcá-lo; é tudo em torno trevas...

Somente o vácuo estreitas em teus braços;

E apenas, pávido, um ruído escutas,

Que é o ruído dos teus próprios passos!...

(Raimundo Correia)

**

As cenas desenrolaram confusas diante dos olhos atônitos de Sean McLean. Olhando para o borrão em seu pentagrama de contenção feito pelo sapato de Frank. Seus olhos levantaram até o espectro de Andrew vindo em sua direção. No fundo da cena um lobo em chamas corria em sua direção.

Ele sabia que as chamas não o machucariam. Por instinto acreditava que o lobo era Carlos. A alma de Andrew Hopkins começava a se inflamar, então, tomou outra direção entrando rapidamente no caçador. Frank tropeçou para frente apertando a blusa onde estaria seu coração. Seus olhos vidraram e logo estavam com um brilho de malícia. Sim... agora ele tinha um corpo de novo.

Connor agiu o mais rápido que pode. Se colocou entre seu companheiro e seu filho. O fogo de Ortiz foi jogado em Frank e as chamas negras do fênix o deteve. E de repente o tempo congelou. Connor piscou e virou para a entrada da sala. Meg e Tom estavam ali olhando com uma cara de poucos amigos.

-- A casa é velha, sabe. E vai ruir na cabeça de vocês seus idiotas. – Tia Meg deixava a irritação transparecer em sua voz, mas a preocupação também. – Passei na biblioteca e peguei Tom pra me ajudar a colocar ordem nessa bagunça.

Quando Meg liberou o fluxo de tempo, Thomas tinha colocado escudos individuais em todos bem na hora que o teto ruiu por causa do incêndio.

**

Connor arrumava uma mochila rapidamente. Não podia perder seu companheiro de vista. Meg entrou no quarto de seu hóspede. – O que pensa que vai fazer?

-- Vou atrás de meu companheiro. – Não olhou para sua amiga. Não queria ver o olhar de reprovação.

-- Ele não é seu companheiro, Connor. Não é mais. Aquilo... eu nem sei como nomear. Graças as chamas de vocês a alma de Frank não foi trocada. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo. Afinal, uma alma está faltando no inferno e eles costumam buscar. Uma alma por uma alma, um corpo por um corpo. É assim que a alquimia funciona.

-- Foda-se. Vou fazer o que devia ter feito. Reivindicar meu companheiro. E fique longe da gente, Meg. Ou será sua alma no inferno no lugar da de Andrew.

-- Isso foi uma ameaça, Connor? É sério?

O fênix nunca tinha visto toda a extensão do poder de Megan e nem queria ver. Não nessa vida. Ele só sentia a presença de seu companheiro mais uma vez nesse mundo. E ele não deixaria isso passar em branco. Mesmo se só tivesse uma noite. Seu coração despedaçado brilhou com essa pequena chance.

Renascido das chamas (Bitter Creek - Vol. 2) [Pausado]Onde histórias criam vida. Descubra agora