Shawn Mendes era apenas meu meio irmão.

O navio. - Capítulo 5.

Karoline Colucci

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— Quanta implicância, meu amor. - Susan disse. — Shawn deixou a jaqueta dele jogada no sofá como sempre. Ele sabe que eu odeio isso, mas continua fazendo. Apenas peguei ela para por no quarto dele.

— E como ela parou aqui? - Roberto estava desconfiado.

— Vim avisar Karoline que vamos sair e parei para conversar um pouco antes de ir até o quarto de Shawn que é mais longe. Se não gosta de roupas no criado mudo pode deixar. Não colocarei mais.

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Admito que Susan mente muito bem. Queria eu ser igual a ela.

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— Claro que pode meu amor. Desculpa. Esses dois me deixam doido. - Meu pai suspirou. — Tire essa jaqueta daqui logo. Antes que o cheiro do Mendes faça morada na cabeça da Karoline.

— É eu sei bem como as meninas tem um apego com cheiros, meu amor.

— Nem para deixar a jaqueta do Shawn aqui. - Sussurrei baixo ao lado da Susan.

— Karoline fecha a matraca! Eu já salvei sua pele hoje, não vou conseguir enrolar seu pai novamente. - Ela sussurrou de volta para mim.

— Posso saber o que vocês estão conversando? - Roberto se aproximou da gente.

— É que sabe pai eu estou naqueles dias e não queria sair de casa. - Menti.

— Eu posso chamar o Shawn para dar um jeito nisso, querida. Durante nove meses se verá livre desse fardo. - Susan falou rindo e pude ver o olhar fulminante do meu pai sob ela.

— Karoline não me importa em qual dia você esteja. Nós vamos sair hoje e já está decidido.

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Tanto meu pai quanto sua mulher saíram do meu quarto. Eu não queria sair com eles. Eu queria ir com o Shawn. Aposto que lá tudo seria mais divertido. Vesti um vestido branco com renda na parte das costas. Meu pai não ligava que eu usasse coisas curtas ou com rendas, desde que não fosse na escola. Coloquei o salto mais alto que achei e saí no corredor. Acabei trombando com o Shawn.

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— Nunca duvidei que o Roberto sabia fazer filha. - Shawn olhou-me dos pés a cabeça. — Tenho que ir. Boa sorte com o passeio.

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Eu juro que ia responder Shawn, mas pela primeira vez pude sentir o cheiro daquele perfume invadindo minha mente. Meu pai não brincou quando disse sobre aquele cheiro. Mendes estava ainda mais gostoso do que normalmente. Não sei por quanto tempo fiquei em transe e estagnada, só sei que quando saí dele o garoto já havia saído. 

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— Karoline? - Era meu pai. — O que você faz parada no meio do corredor? Vem, minha filha.  

— Claro, pai. - Sorri para ele e descemos as escadas. 

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Quando estávamos no carro, Susan disse-me que tinha certeza que eu amaria o passeio. Por mais que eu ache difícil, é como dizem: a esperança é a última que morre! 

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— Chegamos meus amores! - Disse Roberto.