capítulo 13

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21 de março de 1945.
França, Paris.
Sanatório de Santa Helena para Meninas Rebeldes 

Cher journal...a última coisa que me recordo antes da enfermaria da reformatório e mamãe penteando meus cabelos em frente ao espelho de minha penteadeira, lembro de encarar seus olhos pelo reflexo é sorrir para ela, então, um branco. Derrepente a penteadeira se transforma em um teto branco e minha mãe em uma enfermeira. Não me recordo de nada nesse meio tempo.

E não, não é o único branco que possuo, não lembro de muitas coisas do meu passado, como se simplesmente não existisse. As freiras disseram que a doença que habitava meu corpo era conhecida aqui na terra dos mortais como Dupla Personalidade, mas não me explicou o que seria, só pude presumir. Me deu um caderno com capa marrom, pena e tinteiro e disse para descrever tudo ali. Mas eu não fiz isso, eu usei como diário e comecei uma nova etapas da minha vida, mas agora tudo iria voltar a tona.

E sei que para mim estar aqui devo ter feito algo muito ruim, sei disso pois ao olhar as outras filles que vivem comigo, vejo que devo ter sido muito má.

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