we are married • [kth + jjk] [threeshot]

prólogo.

— Eu aceito. — a voz rouca e melodiosa de Taehyung soou após os dizeres de Namjoon, esse que vinte minutos antes de iniciar a cerimônia se formara em um curso online para ser, legalmente, um casamenteiro.

Kim jamais imaginou que esse dia fosse chegar, não sabia ao certo o motivo, mas nunca sentiu necessidade em realizar algo tão estúpido quanto um casamento. Riu nasalado com o próprio pensamento. Por ironia do destino, lá estava ele, de frente para o homem que fazia seu coração bater mais rápido e forte com um simples sorriso; em um celeiro incrivelmente belo, enfeitado com diversos arranjos de flores e faixas nas mais variadas tonalidades de roxo. Sua gravata, assim como a de Jeongguk e os ternos de seus padrinhos também acompanhavam a decoração nas cores.

Pelo canto do olho, Taehyung observou Jimin ajeitando a gola do terno de Yoongi, seus dois padrinhos juntamente com Hoseok. Min, inicialmente, havia detestado ter que usar algo tão chamativo comparado a suas casuais peças em preto e branco. No entanto, após muitas provas no alfaiate, ajustes, cortes aqui e ali, não teve outra escolha, apaixonou-se pelo terno mais do que qualquer um.

— Eu aceito. — Jeon expôs os adoráveis dentes de coelho ao sorrir no instante em que pronunciou suas palavras, ocasionando batimentos acelerados no homem à sua frente.

— Pelo poder em mim investido pelo curso online de vinte minutos, eu os declaro Taekook, po-

— Taekook? — perguntaram, em uníssono, os dois rapazes, interrompendo o discurso de Namjoon. Embora não soubessem ao certo do que se tratava aquilo, concordaram mentalmente sobre como "Taekook" era uma palavra fofa.

— É um nome de casal, idiotas, juntei o nome de vocês e voilà! Agora posso continuar com a cerimônia? — questionou, erguendo uma de suas sobrancelhas para os amigos à sua frente, tendo como resposta um suave balançar de cabeça vindo de ambos.

— Certo. Onde foi que eu parei...? Ah, sim! Podem se beijar à vontade!

Não foi necessário mais nenhuma outra palavra. Os lábios juntaram-se como imãs e moviam-se em completa sintonia. Estavam há algumas horas sem se tocarem e sentiam tanta falta um do outro, de como o sabor de morangos de Taehyung misturava-se perfeitamente ao de cereja de Jeongguk e de como encaixavam-se perfeitamente. Um beijo tão doce, viciante e pecaminoso.

— Agora já chega, né? Não queremos uma amostra grátis da Lua de Mel. — Seokjin desviou sua atenção para o mais novo casal e revirou os olhos ao ser completamente ignorado por ambos. Precisava ser escutado de algum jeito ou continuaram com aquilo até que as coisas ficassem piores para os convidados e melhores para eles. — Jeongguk, eu sou o seu padrinho, você tem que me ouvir! Acaba logo com isso, vai tirar algumas fotos com os convidados e some para a sua Lua de Mel, pirralho.

— Que saco! Não posso nem beijar o filho da puta do meu marido? — indagou completamente frustrado, enquanto ajeitava o terno que havia sido amassado durante o seu beijo de "Felizes para sempre!". Já sentia falta da pressão dos lábios de Kim junto aos seus, do sabor de morango fortemente presente e das mãos firmes apertando sua cintura. Foco, Jeongguk! Tire as porcarias das fotos e vá embora! É só isso.

— Não em cima do altar, muito menos na frente dos convidados! Se quiserem se esconder na cabana atrás do celeiro vão em frente, apenas tomem cuidado para não ficarem presos porque ninguém vai conseguir escutá-los.

— Vamos, meu bem, algumas fotos não vão nos matar. — Taehyung sussurrou próximo ao ouvido de Jeon, a voz grossa e absurdamente rouca, arrepiou o mais novo por inteiro. Kim pôde senti-lo estremecer sobre suas mãos, essas que retornaram para a fina cintura do rapaz enquanto caminhavam em direção aos pais de Jeongguk. A família do mais novo os aguardavam de braços abertos para um sufocante e esmagador abraço.

— As fotos podem não nos matar, mas a minha mãe sim...