Second 🌻

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Jimin abriu os olhos com dificuldade, a claridade invadia suas pupilas com força. Se sentia fraco e confuso, suas memórias demoraram alguns instantes até serem recuperadas.

E ele preferia tê-las esquecido. Lembrou da cena que presenciou e então, de ser atropelado.

- Chamem a enfermeira, Jimin acordou! - o loiro leva um susto com os gritos de sua mãe, que estava sentada na poltrona ao lado de sua maca. - 'Tá bem, peste?

Jimin preferiu ficar calado, somente assentindo com a cabeça. Não queria dirigir palavra alguma à sua mãe, se sentia magoado e traído.

Estava com uma dor muito forte em seu pulso, logo o percebendo enfaixado. Havia caído por cima da mão esquerda e acabou a luchando.

Após a enfermeira checar algumas funções do corpo do jovem, medir sua temperatura e prescrever meia dúzia de remédios, Jimin recebe alta, indo diretamente para casa.

Estava com alguns arranhões e ematomas, além de uma amarra no pulso. O acidente não foi grave e Park agradecia muito por isso.

- Jimin o que você tem na cabeça? Eu te mando pra um pscicólogo e logo depois você tenta se matar na frente de um carro? - assim que entram pela porta de casa, a mulher de cabelos negros fala de forma rude.

- Eu não me joguei na frente de carro algum! Foi um acidente.

- Não foi isso que o motorista declarou! Ele disse que você se jogou na frente do carro e ele não teve como frear em cima da hora. - falava com uma das mãos na cintura enquanto a outra apontava para a cara do filho - Você nem tente mentir para mim! Eu não aguento mais Jimin, você precisa parar com esse drama todo de querer morrer!

- Acredite nele então, assim como fez com seu chefe hoje mais cedo. - Jimin subia até seu quarto sem nem olhar para trás, deixando sua mãe constrangida no meio da sala.

- Amanhã de tarde você tem outra consulta! Não esqueça! - Jimin pôde ouvir os gritos de Soohin antes de se trancar no quarto.

Naquela tarde ele chorou, chorou como a muito tempo não havia chorado. Se sentia deslocado, frágil e estranho, além de ainda sentir dores e um desconforto no pulso.

Seu dia tinha começado muito bem: na escola ninguém o importunou e a visita ao psicólogo foi incrível. Mas tudo que é bom dura pouco.

Ver sua mãe com aquele homem acabou com o coraçãozinho de Jimin. O jovem não compreendia como sua mãe podia ser tão barata.

E se não bastasse presenciar aquela cena nojenta, ainda por cima havia sido atropelado! Ele não tem sorte alguma, tudo na vida do garoto dava errado.

Gastou o restante de seu tempo livre assistindo televisão, sempre aproveitava para assistir na sala quando sua mãe saia a noite para trabalhar.

Soohin saia todos os dias à noite e voltava no dia seguinte no meio da tarde. Era sempre assim, Jimin quem fazia sua própria comida e limpava a casa enquanto sua mãe se prostituía para pagar as contas.

O loiro tinha vergonha do trabalho da mãe, mas não podia fazer nada em relação a isso. Já estava acostumado a ser chamado como o verdadeiro "filho da puta".

Jimin se sentia sozinho durante as noites, sua mãe saia cedo e então ele gastava todo seu tempo assistindo televisão. Era somente isso, Park não saia, não trazia amigos para casa. - até mesmo por que ele não tinha - Era solitário, não tinha ninguém com quem falar, era carente em todos sentidos possíveis.

Uma vez Park estava conversando com um menino interessante, eram conversas virtuais somente. Ele achou que finalmente havia encontrado alguém em quem confiar, mas acabou confiando até de mais...

Psycology | pjm'jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora