Batalha pelo Olimpo

Que a Guerra comece

Enquanto Diana corria, esbarrou em um garoto jovem de cabelos lisos e castanhos. Olhos tão azuis que lembravam o mar. E por incrível que pareça, ele tinha o mesmo tamanho que a deusa. Mas com a aparência de um humano, de casaco preto e um fone de ouvido.
Diana: - Quem é você, que se assemelha tanto a mim?
Paelen: - Realmente parece tonto que nem você. (Paelen recebe uma rasteira de Diana.)
O garoto tira o fone e começa a rir. - Desculpe. É um prazer. Meu nome é Vênus. E o seu?
Diana: - Meu nome é Diana. Você é bastante educado; devia dar algumas aulas para Paelen.
O garoto agradece e se vira para Paelen: - E o seu?
Paelen: - Eu sou um deus. Você não tem direito de perguntar o meu nome, humano insolente.
Paelen levanta a mão para dar um tapa no menino, mas quando percebe, o mesmo já estava atrás dele pronto para revidar com um chute.
Paelen: - Como você fez isso?
Diana, pasma, se prepara para atacar mas o menino baixa a guarda em sinal de paz.
Vênus: - Até que enfim alguém parecido comigo. Vem, quero que conheçam uma pessoa.

Chegando lá, Raven correu ao encontro de Vênus: - O céu está vermelho e começaram a cair grandes criaturas de lá. E quem são vocês?

Paelen: - Nós somos os deuses portadores de armas tão fortes que por mais que você tente imaginar, não conseguirá nem chegar perto.
Raven: - Sério!? - fala com um tom sarcástico enquanto mexia em seu colar - eu nem consigo imaginar.
Os olhos de Diana se arregalam e Paelen deu um passo atrás assustado.
Paelen: - É ela! Encontramos a portadora. Mas porque o colar aceitou um mísero humano como portador?
Raven: - Vocês subestimam os seres humanos! Não somos deuses portadores, mas podemos ser capazes de fazer muitas coisas... Meus pais me deram esse colar antes de morrer... E coisas estranhas acontecem desde então. Objetos se movem ao meu redor e às vezes quando estou com muita raiva, eu vejo flashes, como se fossem raios.
Vênus: - Mas eu sei como usar minha super velocidade muito bem.
Diana: - Bom, não esperava que o quarto portador aparecesse tão rápido. Já que assim foi, vamos seguir viagem pois ainda temos que achar um novo portador para a espada. Apesar de eu achar que esse pirralho, que se auto-denomina Vênus, seria bem apropriado para o serviço, a espada não foi até ele. Então vamos tentar outros lugares, até descobrirmos seu paradeiro. Paelen, faça o portal!
Paelen: Só tem um probleminha. Eu não sei usar o escudo.
Todos: O QUE?!?
Diana: - Então você rouba o escudo de Marte, que apesar de insano, é bem mais responsável que você! E ainda sem saber usá-lo? Meus parabéns Paelen!
Paelen: - É que eu planejava vendê-lo para o mercado negro do Olimpo, mas fomos atacados. Tentei fugir e esbarrei com o arco nas suas costas. Então eu pensei que se eu vendesse duas legends, seria o cara mais rico do reino até mesmo mais rico que Júpit... Diana já o havia erguido do chão pelo pescoço com apenas uma das mãos. Ele esperneava tentando dizer que fora uma infeliz brincadeira. Quando finalmente ela o libera, ele continua: - Durante aquela última assembléia no Monte Olimpo, eu seguia sorrateiramente por uns corredores mal iluminados, à procura de itens valiosos nos aposentos de Juno, quando começo ouvir minha própria voz me dizendo, com seriedade, que eu deveria esquecer os tesouros de Juno e ir em busca da legend do irmão de Júpiter. Aquela distinta voz sabia exatamente onde era o esconderijo secreto, e como utilizá-lo para criar os portais de deslocamento de um ponto a outro do universo; e quem sabe, até para além de suas fronteiras!

Vênus: - Júpiter!? O deus dos deuses? Ele existe?
Raven: - Depois de tudo isso você ainda tem a capacidade de perguntar se Júpiter existe?
Diana: - Não. Ele não existe mais. Jupiter morreu e o seu último ato foi nos enviar pra cá.
Paelen: - Não Diana. O derradeiro raio lançado por Júpiter; aquele em sua direção; foi pra salvar você de um ataque pelas costas. Fui eu, recorrendo aos poderes do escudo Forjador do Espaço, quem nos tirou de lá e trouxe a este mundo. Ok, façamos esse portal por Júpiter.

Paelen empunhou seu escudo, reuniu todos atrás de si e começou a sussurrar palavras incompreensíveis. Segundos depois, o escudo começa a brilhar e uma pequena fenda começa a se abrir até ficar maior que Diana.

Raven: - A gente vai pular aí?
Diana: - Acho que a resposta é meio obvia. Nós vamos.
Nesse momento todos olham para Paelen.
Diana: - Que local você imaginou, Paelen?
Paelen: - Logicamente, o Tártaro.
Todos: - O quê?
Paelen: - O que foi? Onde mais vamos encontrar alguém tão forte, se não na maior prisão do universo.

E desapareceram.