1 - Sistema o que?

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Kuro abriu a porta, e a escuridão da sua casa o engoliu. Ele ficou encarando a pequena casa que vive, com a mesma solidão de sempre. Jogou sua bolsa e jaqueta em cima do sofá e fechou a porta.

A casa consistia em uma pequena sala, com um sofá no canto e um raque com uma Tv antiga. A cozinha ficava a poucos passos depois, onde um pequeno corredor levava a duas portas, seu quarto e banheiro. Ele entrou no banheiro para um banho rápido e foi direto para a cozinha fazer um café.

A família de Kuro sempre foi amante de café, gostavam tanto que abriram uma cafeteria, onde ele trabalhou com eles. Agora que seus pais se foram, ele estava tendo um período difícil para se manter. O local onde a cafeteria está localizada era perto de uma estação de metro, um centro comercial que vinha crescendo e valorizando cada vez mais.

Os negócios iam bem antes, porém, com a entrada de uma franquia de cafeteria famosa na região, seus clientes foram sugados. Restavam apenas alguns que gostavam da comodidade e se mantinham fiéis ao seu pequeno negócio.

A franquia em questão mandou uma proposta para comprar o seu local, porém ele recusou. Aquela cafeteria era a única coisa que restou de seus pais, ele não estava disposto a deixar seu sonho morrer dessa maneira.

Kuro já havia pensando várias vezes em fechar o negócio e desistir, não estava dando certo. Logo suas economias iam acabar e ele precisaria procurar um emprego. Suspirando ele adormeceu no sofá, amanha seria um dia longo.

Ele acordou no dia seguinte com uma dor de cabeça, ele não sabia quando surgiu, mas estava la. Se levantou, se banhou e tomou seu café matinal. Sua mãe o ensinara a fazer café, era uma lembrança que ele nunca se esqueceria. Ele esquentou a água, e colocou sobre o café, o cheiro de café fresco perfumou sua cozinha.

Sentado calmamente no sofá, ele aproveitou esse momento de paz, antes de pegar suas coisas e sair para sua cafeteria, talvez hoje fosse seu último dia aberto.

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A cidade D acordava cedo, não era nem 6 da manha e já havia muitas pessoas andando de um lado pro outro nas ruas, o sistema econômico era rico, não havia muita pobreza , embora a diferença entra os ricos e os menos afortunados era uma imensidão. Mas todos sabiam que quem movia essa cidade eram os trabalhadores, os mesmos que acordavam cedo e voltavam tarde.

Os centros de comércio estavam sempre cheios, e grande parte das pessoas estavam sempre com pressa. Em um desses centros, uma determinada cafeteria estava começando seu dia também. Com uma aparência antiga e desbotada por fora, os tijolos vermelhos opacos davam boas vindas as pessoas que olhavam por fora. Uma porta francesa preta, e uma placa em cima escrito " wang coffee" de maneira simples, davam uma certa sensação de conforto. Embora a falta de pessoas entregava o quão mal estava o negócio.

Kuro estava limpando o interior, um conjunto simples de cadeiras e mesas de madeira escura estavam organizadas em frente a uma grande vitrine, onde as pessoas de fora conseguiam ver. Em uma outra parede, localizada a esquerda da entrada, estavam bancos de couros com mesas para 5 pessoas. Um balcão simples, com uma pequena estufa elétrica vazia se localizava, atas do balcão, uma prateleira, duas máquinas de expresso e uma pequena pia. Duas estantes nas extremidades do balcão, onde vários conjuntos de xícaras estavam.

Esse era o layout da cafeteria, era confortável, mas na época onde todas as pessoas estavam com pressa, não chamava a atenção. Depois de limpar tudo, Kuro deu um suspiro, ele fazia isso a quase 6 anos, quando seus pois abriram a cafeteria. O nome " wang coffee" também foi ideia dele, pois é um negócio familiar.

Enquanto suspirava, sua dor de cabeça aumentou subitamente, e ele teve que se sentar rapidamente, antes que caísse no chão. Um "ding" soou em sua mente, antes que ele tivesse a chance de se perguntar o que era aquilo, uma voz surgiu.

Coffee Shop ManagementWhere stories live. Discover now