A motivação

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A história é pura ficção! Porém, o poema atribuído, está ligado a uma bela musa que inspirou sua criação. Existente entre o físico e o onírico. Sentimentos platônicos que transcorrem na ampulheta do tempo, onde grãos de areia um dia cessam. Mas até lá serão sentimentos eternos, enquanto durem...

Para ela. Para "M"...

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Na história um cavaleiro voltando para seu reino na Inglaterra, após grave ferimento sofrido em uma das cruzadas é transportado por seu fiel escudeiro.  Porém algo terrível ocorre. O pobre cavaleiro, com uma ferida exposta e constante febre vem a falecer, em meio a jornada. Tal fato ocorrido, próximo a uma misteriosa floresta. O escudeiro perdido e desolado, pensou em enterrar seu mestre e senhor naquele lugar, porém algo mágico ocorreu. Eis que surgiu uma fada ou elfa. O escudeiro não tinha certeza. Apenas de sua inigualável e indefectível beleza!

Ela ao se aproximar do moribundo cavaleiro, caminhava em passos tão graciosos, que a terra e grama onde pisava pareciam nuvens. Tal cena, havia hipnotizado o escudeiro que paralisado, porém maravilhado, observava tudo.

Com graciosidade e formosura ela acaricia o cavaleiro. Cada delicado toque a correr pela pele morta dele, adquire vida novamente. Por fim, ela ao olhar o rosto com firme detalhes do cavaleiro, que envolto, estava coberto pela cota de malha da armadura, pôde sentir toda a bravura, coragem e honra que tal homem possuía.

Uma paixão improvável surgiu. Ela ternamente toca com seus doces lábios de encontro ao frios e roxos do cavaleiro. Em seguida corre e desaparece na floresta misteriosa.

Segundos depois, o cavaleiro acorda do sono quase eterno, achando que tudo fora uma perfeito sonho.

O escudeiro tenta explicar ao confuso cavaleiro, todo o milagre e magia que aconteceu. Descrente devido sua fé cristã, prefere atribuir a febre alta os delírios. O jovem escudeiro tenta inutilmente explicar ao seu senhor que ele falecera, mas é inútil convencer do que até mesmo a olho nu, o próprio jovem se questionava.

Dias se passaram, e após chegarem ao reino do cavaleiro, o mesmo se dirigiu para o seu ducado. Sentado sobre a crepitante fogueira, refletiu no que ainda atribuía ser um sonho.

Mas como um sonho?

Uma espécie de doce, parecia ter fixado em seus lábios. Todos os sabores sublimes e açucarados que poderia imaginar, flertavam em seus lábios até a ponta da língua. Visões de uma perfeita mulher o assombravam a noite, que notavelmente possuía brilhos, que seguiam ao caminhar em sua perfeita feição e traços. Orelhas como aquelas contadas e atribuídas a elfos, a bela possuía.

Porém, quando sozinho em seus aposentos à avistava e tentando tocá-la, ela simplesmente desaparecia. Com isso, o cavaleiro e também erudito duque, pois a compor um poema que se segue.

O CRUZADO & A ELFAOnde histórias criam vida. Descubra agora