Capítulo 1

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Olá bebézitas, esta não é a primeira fanfic que escrevo, mas é a primeira que publico para pessoas que não são família ou amigos.
Espero que gostem, dêm a vossa opinião nos comentários quer seja positiva ou negativa, é sempre muito importante para mim saber o que acham, criticas construtivas maltinha!
Aproveitem a vossa leitura, xoxo, Neia.

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Bem, o destino, que dizer dele? Será que significa que cada um tem algo traçado na sua vida que está suposto acontecer ou então somos nós que o traçamos dependendo das escolhas que fazemos? Nós seremos os construtores da nossa vida ou seremos apenas os habitantes dela? Não sei, talvez seja uma coisa que nos fazem acreditar que é nossa só para que possamos acreditar que existe a liberdade de escolha, mas teremos mesmo liberdade de escolher? Além disso, quem é aquele que nos quer fazer acreditar que temos um destino? Uma palavra tão cheia de significado mas tão vazia ao mesmo tempo, pode-nos abrir os horizontes de pensamentos e crenças variadas, mas também pode ser uma armadilha e não nos levar a lugar algum. Engraçado, nem é uma palavra complicada, ao soletrar "d-e-s-t-i-n-o" é tão fácil mas tão complexa.

Lembro-me de uma vez ler um livro sobre uma rapariga que programava o seu destino, quer dizer, tinha a sua vida toda planeada, desde a roupa a usar no dia seguinte, ao curso universitário a escolher, até à quantidade de filhos que queria ter. Mas não pode ser assim, pois não? A vida é tão imprevisível, está cheia de mudanças e surpresas, nunca sabemos o que esperar e temos de estar adaptados aquilo que se segue, não podemos programar tudo ao pormenor, porque a certa altura teremos de mudar e ao contrário das fotografias que se tiram e podem ser editadas, a vida não pode.

E eu? Eu sei lá o que quero... o que quero hoje, posso já não querer amanhã – ou posso querer ainda mais – mas o que me garante alguma coisa? Nada! Estou no penúltimo ano de secundário e certamente que não sei o quero vestir amanhã, não sei o que seguir na universidade e muito menos sei se quero ter filhos, eu o que sei? Eu não sei nada, sou um mero ser humano, simples no meio de tantos outros. Chamo-me Isabella, tenho dezasseis anos, sou uma rapariga alta, morena de cabelos  castanhos compridos e olhos também castanhos, não tenho problemas de auto-estima, nunca tive, considero-me uma rapariga razoavelmente bonita, mas a minha cabeça? Oh, é uma tremenda confusão!

- ISABELLA! – Ouço a minha mãe a chamar-me da cozinha, provavelmente para jantar, decido terminar a minha onda de pensamentos de questões sem resposta. Levanto-me da cama e vou até à cozinha.

- Hoje não jantamos na sala de jantar? E o pai onde está? Não esperamos por ele? - Embora, por habito, já soubesse a resposta a estas perguntas, tento repeti-las visto que sou a única que acha um disparate esta situação, por muito que tente abrir os olhos à minha mãe.

- O teu pai hoje trabalha até tarde, somos só as duas não há necessidade de irmos para a sala de jantar, agora senta-te e come! – Ela, Sr.ª Karen, dona de si mesma, uma mulher jovem, com bastante controlo e auto-estima, e completamente cega de amores pelo seu marido. Não me levem a mal, não quero parecer mal-agradecida, tenho uma família que muitos definiriam como ideal, ter os pais juntos e apaixonados, mas não é bem assim.

- Mãe, sabes, vivemos minimamente bem, e ainda assim o pai parece cada vez trabalhar mais, não vejo a necessidade disso, ele nem para em casa ultimamente. – Por norma, não sou do tipo de filha que diz as coisas aos pais de forma direta, não tenho uma ligação assim tão forte com eles sequer, nem sempre me sinto à vontade para partilhar pensamentos com eles, mas em relação a este assunto já estou cansada.

- Todo o trabalho do teu pai é para nos dar o melhor possível, não reclames. – E lá está ela novamente a defendê-lo.

-Mas nós conseguimos viver com o médio, não precisamos do melhor possível, nós não passamos dificuldades, qual a necessidade de só querer saber de dinheiro e enriquecer cada vez mais? Ser ricos não faria de nós pessoas melhores, além disso nem passamos tempo juntos como uma família porque o pai nunca tem tempo!

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