Capítulo 3

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Olá bebézitas! Para quem quer saber, o Harry aparecerá no capítulo 5, já falta pouco! Entretanto, gostava de saber o que estão a achar da história, comentem e façam críticas construtivas seja do que for, isso não só me ajuda a crescer como escritora como faz com que possa tornar a leitura mais agradável para vocês. Por agora, aproveitem a vossa leitura, xoxo, Neia.

🌸

Acordei ao sentir os raios de sol embaterem na minha cara, mexi-me um pouco e estiquei o braço na tentativa de encontrar o meu telemóvel e ver as horas, quando não o encontrei, o que era estranho, abri finalmente os olhos, olhei à minha volta e percebi que estava no quarto da Skyler, as recordações da noite anterior começaram a vir à tona e eu só desejei poder voltar a dormir e esquecer-me de tudo o que aconteceu.

Sentia-me envergonhada, por ter bebido de mais, o que não era algo habitual vindo de mim, por ter falado com o Justin da maneira que falei e por fim pela traição, oh sim, sentia-me envergonhada e perdida no mundo. A pessoa que supostamente devia estar ao meu lado e a dar-me apoio, o meu porto de abrigo, traiu não só a nossa relação como toda a confiança que construímos nestes dois anos juntos, traiu-me e pela primeira vez posso dizer que estava com muito medo, medo de verdade, não aquele medo de não saberes qual a sensação de andar na maior montanha russa porque aí tu tens empolgação de experimentar algo novo e vivenciar a aventura, não aquele medo de ver um filme de terror porque aí tu sabes que não passa de ficção, mas aquele medo de não saberes o que fazer, de não saberes o que vai acontecer a seguir, de não saberes o que vai ser de ti agora, este medo está a deixar-me aterrorizada, como seria na escola? Como olharia para a cara das pessoas? Em especial a do Justin e a da Lindsay... Embora que eles foram quem esteve mal, e não eu, mas sinto que é embaraçoso de qualquer forma ser a "Rapariga traída". Desta vez temia pelo que se ia passar, por mim e pela minha paz naquela escola que pode bem ter terminado ontem.

Estava sozinha no quarto, mas como estava a sentir dores de cabeça terríveis, decidi não me levantar.

Um pouco depois a Sky entra no quarto com uma bandeja nas mãos. Nela havia uma taça com frutas cortadas aos pedaços, um croissant simples, uma caneca com algo quente, provavelmente leite quente com café que era o meu preferido, e ela sabia. Havia também um copo de água.

- Bom dia Bela. – Ela disse calma e com um sorriso amável. Conhecia bem aquele olhar.

- Oh por favor Skyler, não, pára com isso. – Ela só queria ajudar, mas aquele olhar estava a matar-me.

- O que foi? Só te trouxe o pequeno-almoço e um medicamento para a ressaca. – Ela proferiu todas as palavras com calma e gentileza, como se estivesse a falar com uma criança que ela tinha de cuidar e entregou-me uma embalagem que continha uma pastilha branca.

-Estou a falar acerca desse ar todo de pena, Skyler, não preciso nem quero que tenhas pena de mim! – Ela sentou-se na cama e pousou a bandeja com a comida ao lado dela, a sua feição ficou mais séria, mas ainda assim conseguia ver a pena que sentia por mim e isso matava-me.

-Não sejas orgulhosa, depois do que se passou ontem é normal que estejas triste, não tens de fingir comigo Isabella, eu sei que sempre foste habituada a guardar tudo para ti mas não tens de estar sempre sozinha, nós contamos tudo uma à outra sempre e em relação aos teus sentimentos tu manténs-te fechada, podes confiar em mim! – Ela colocou a mão dela por cima da minha o que me acalmou e deu-me a sensação de que estava em segurança. – Nós precisamos de pessoas à nossa volta, tu precisas de pessoas à tua volta, não podemos viver por nossa conta a toda a hora, a união faz a força, nunca ouviste dizer? – O seu discurso e o seu sorriso apaziguavam-me, eu sei que não me abro facilmente para ninguém, e embora me vejam como uma pessoa com muitos "amigos", eu diria que são apenas conhecidos com quem vou à escola e eventualmente sabem o meu primeiro nome. Não confio em quase ninguém, no entanto, era assim que eu me sentia bem, até agora. Uma sensação de vazio e solidão sempre esteve comigo, eu apenas só o quis admitir mais recentemente pois precisava de uma alternativa.

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