Elevador.

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-Parabéns! Aliás, tanto pelo bebê e quanto por vocês. - ele diz e sai do quarto.





Henry continua dormindo na mesma posição, vejo Meredith com um semblante cansado.

-Amor? - chamo e ela me olha.

-Oi? - me responde sorrindo,

-Quer que eu deixe Henry no carrinho ao lado de sua cama? Assim você pode descansar e ele fica pertinho de você. - digo me aproximando do carrinho e deitando meu bebê.

-Uhmmm- ela resmunga.

Eu empurro o carrinho até ao lado de sua cama, cubro Henry com uma manta que havia ali.

-Descansa um pouco! Qualquer coisa me bipa que venho aqui. Te amo. - digo e beijo seus lábios.

Ela me retribui com um te amo também, beijo a testa de Henry, e saio da sala.

-Não deixem qualquer um entrar aqui! - digo para os seguranças.

-/-/-/-/-/-/-/-/——/—


Eu tinha que assinar e ver alguns prontuários, eu estava no balcão da enfermaria.

Ouço uns murmúrios pelos corredores, aliás o interno que havia trocado o soro de Meredith havia feito o serviço dele, havia dito pro hospital todo que eu a comia e que ela havia traído Derek por mim.

"Deve honrar o apelido, pois trocou o marido perfeito pela satã"

"Ela deve ser uma putinha, assim como foi com Derek"

"Teve o segundo filho do McDreamy mas correu pra ruiva"

"Doutora Montgomery deve ter ela quando bem quiser"

E haviam comentários como "Muito me diz, uma mulher rica e de família se envolver com uma vagabunda como Meredith Grey"

Aquilo estava me irritando!!!!
Eu assinei os papéis que precisavam e rubriquei as folhas, fechei e deixei no balcão, na ordem exata. Eu iria voltar pra ver como Henry e Meredith estavam, mas ouvir aqueles boatos me fizeram mudar de ideia.
Era péssima ideia, mas dei um giro sobre meus saltos que ecoavam a cada passo meu por aquele corredor, eu estava indo até o andar em que a maioria dos internos ficavam. Havia uma enfermeira por ali, e eu perguntei onde o tal interno estaria, ela me disse que viu ele no vestiário. Eu caminho até lá, paro na porta e vejo alguns deles sentados na bancada, outros no chão e alguns deles arrumando seus escaninhos.

-Ei.. - digo algo e em bom tom.

Todos param para me olhar.

-Qual é seu nome, rapazinho? - pergunto apontando pro indivíduo.

-Eu? - ele me pergunta sem graça.

-Perguntei para outra pessoa por acaso? É claro que é você. - digo irritada.

-DeLucca. Andrew DeLucca. - ele me diz colocando suas mãos dentro do bolso de seu jaleco.

Eu dou dois passos para dentro do vestiário.

-Que merda você saiu falando por aí, seu merdinha? - pergunto com deboche e passando meus dedos pelos fios ruivos.

-N-aada senhora. - ele diz e abaixa sua cabeça.

-Olhe pra mim! - eu digo com o tom alto. -Ouvi nos corredores, que a "satã" estava comendo a mulher do doutor Sheperd, e pelo que ouvi todos referiam seu nome. - eu digo calmamente.

-Não sei do que a senhora está dizendo. - ele diz e me olha.

-Não sabe? - pergunto e gargalho.

-Porque eu acho que a sua vontade era de foder a doutora Grey e ela não quis, aí você seu merdinha... - eu pauso e respiro fundo. -Saiu dizendo que a gente trepa. E se trepamos qual o seu problema? - pergunto, os internos que estavam ali, ficaram sem graça. Alguns saíram e outros se esconderam atrás dos escaninhos.

-Aliás, eu honro o apelido idiota que vocês me deram. O que eu e doutora Grey fazemos, não é da SUA conta e da conta de NINGUÉM. Trate de cuidar da sua vida e do seu estágio de merda! Pare de se preocupar com a vida alheia... se estiver com dó de DEREK SHEPERD o leve pra sua casa e cuide dele, agora sair espalhando boatos sobre mim e sobre a Meredith, isso eu não aceito. Cuide da sua vida, seu merdinha da porra. - digo e saio andando.

Ninguém disse nada, todos ficaram quietos, eu estava tão irritada que precisava trabalhar pra me distrair. Me enfiei em uma cirurgia no pronto socorro e fiquei por horas operando gêmeos. Queria terminar tudo logo pra ver meus amores, estava morrendo de saudades.

Sai exausta da cirurgia, caminhava em direção ao elevador, entrei e Andrew DeLucca entrou em seguida ficando atrás de mim. Eu tirei a minha touca cirurgia e soltei meu cabelo, dobrei a touca e guardei no bolso do jaleco.

O elevador ia descendo, Andrew deu um pigarro.

-Dra Montgomery? - ele me chamou.

Eu não respondi, apenas olhei para meus pés. Minha vontade era de soca-ló. Não estava com paciência.

-Me desculpe, eu.. eu não quis. - ele disse calmamente e baixinho.

Eu olhei para ele por cima de meu ombro e virei, me aproximei dele e apontei meu dedo indicador no rosto dele.

-Qual o seu problema comigo? - pergunto. -Não faça mais o que fez hoje! - digo seria e abaixo minha mão.

Em um ato involuntário ele me puxa, fazendo com que minhas costas batam no elevador, eu o olho sem entender e não consigo ter reação alguma. Ele enfia os dedos em meu cabelo e a outra mão aperta minha nádega com força.

-Que porra, você está..? - digo totalmente insana e sem reação, minhas mãos estão erguidas e ele não me deixa concluir a frase.

Pois ele me beija, puxa meu cabelo e aperta tanto minha bunda que tenho certeza que seus dedos ficam marcados.

Sensações peculiares - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora