- Oh, o que gostavas de saber em concreto?
- Tudo a teu respeito. Quer dizer... tudo o que tu achares que deva saber a teu respeito. - Disse Salvador corando ligeiramente.
Não sei bem se lhe devia falar das dificuldades que tive na escola anterior... mas ele parece boa pessoa. Parece interessado e preocupado e penso que poderemos vir a dar-nos, realmente, muito bem no futuro.
- Hum... como sabes, é o primeiro ano que estou nesta escola...
- Posso saber a razão de teres mudado?
- Sim, claro. - disse eu, um pouco a medo. - É que eu tive alguns problemas na escola anterior. Eu sou tímida, insegura e muitos dos meus colegas usavam isso como motivo de chacota contra mim...
- Lamento imenso que tenhas passado por isso, Constança. Mas este ano vai correr tudo bem, vais ver. - disse ele com um grande sorriso.
Admito, aquele seu sorriso e aquelas palavras cheias de positivismo me encheram de coragem.
- Mas agora é a tua vez! Fala-me de ti, Salvador. Conta-me todos os teus segredos. - disse eu em tom de brincadeira.
- Contigo sou um livro aberto! - disse ele rindo, abrindo o seu livro numa página ao acaso.
- Que engraçadinho Salvador!
Ambos rimos.
Ele dera-se a conhecer. Acabei por saber que tem uma irmã pequenina. Os seus pais estão divorciados já a alguns anos e tem sido Salvador a cuidar (a quase tempo inteiro) da irmã. Achei isso tão querido da parte dele.
Ele parece diferente. Não é o típico rapaz popular que implica com as pessoas mais sensíveis. Ele, sim demonstrou ser sensível e preocupado. Ele é um bom rapaz.
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"Vamos?"
Teen FictionBastava que ele me dissesse: "Vamos!" E eu iria. Não sei para onde. Não imagino para onde. Mas iria. Feliz como nunca. Feliz como estou feliz sempre que estou com ele. "Vamos!", diria ele, nos meus sonhos mais utópicos. E eu, simplesmente, iria.