F de Fernanda

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Heyyyy. GENTE. EU SOU APAIXONADA NESSA HISTÓRIA. Sem dúvida é a minha preferida hahaha. Eu super recomendo antes de lerem esse conto, vocês lerem o outro que está no meu perfil chamada A Noiva pois um é continuação do outro, com os mesmos personagens. Esses mesmos personagens vão aparecer na minha história O Par Perfeito (claramente sou apaixonada neles). Boa Leitura <3 

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F de Fernanda

Eternamente Seu. 

15/01/2011.


O fio vermelho do destino. Você lembra daquela lenda chinesa que vivia me contando?

"Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se...
Independentemente do tempo, lugar ou circunstância...
O fio pode esticar ou emaranhar-se,
Mas nunca irá partir."

Ainda lembro como você sempre voltava nessa história, como amava a forma que ela soava, como era poético e romântico, bem a sua cara mesmo. Antes de te conhecer, esses tipos de lendas eram completamente esnobadas e ignoradas por mim, afinal, quem iria acreditar em uma bobeira como essa, certo? Você, a garota mais doce, meiga e linda de todo o mundo, acreditava e era somente isso que bastava para essa lenda ser totalmente real para mim.

Alma gêmea. Você lembra como minha vida era antes de você aparecer? Era vazia, assim como eu. E então você surgiu, como um raio de sol ao amanhecer, como aquela estrela solitária no céu escuro, como um meteoro em minha vida. Lembro que tudo era tão escuro antes de você, e como uma raio reluzente em minha direção, você veio iluminando uma vida que só conhecia as cores pretas, brancas e suas variações. Em você, encontrei minha alma gêmea, a pessoa que mais conseguia me compreender, que com apenas um olhar você sabia o que eu sentia, o que pensava e até mesmo o que queria. Ao seu lado, o céu não era limite, a gente poderia sempre ir além, sonhar mais, fazer planos e metas, e imaginar um futuro no qual estaríamos juntos, com nossos três filhos, uma casa com cercado e nossas profissões dos sonhos. Ao seu lado era fácil imaginar e desejar o futuro.

Cicatriz da alma. Você lembra da primeira coisa que me disse, aquele dia no barzinho? Você me deu um sorriso triste, que mostrava toda sua alma e o que você sentia, pegou minha mão e virou meu pulso lentamente, e somente então olhou para as cicatrizes que havia ali. Naquele momento, senti minha respiração ficar presa na garganta, meu peito se apertou e eu esperava sua rejeição. E como se não houvesse pressa, você me disse que havia uma lenda, na qual pessoas que estivessem destinadas a ficar juntas possuíam cicatrizes iguais ou parecidas, marcas essas que vinham direto da alma e ficava marcada na pele, como forma de lembrar que um dia, em algum lugar, entre todos esses milhões de pessoas, haveria alguém que seria a sua metade. Após falar isso, você ficou me olhando durante vários minutos, como se quisesse que eu entendesse o que estava dizendo, foi aí que percebi o seu pulso virado para cima, com cicatrizes da alma iguais as minhas. Foi ali Fernanda, naquele instante, que eu soube que havia encontrado a minha cara metade.

Cara metade. Você lembra o que eu falava, a respeito de você me completar? Era, foi e sempre será verdade. Com você eu me sentia inteiro, o seu olhar me dava animo para viver, seu sorriso me trazia energias para ser melhor, seus beijos me incentivava a evoluir, e estar com você, era o melhor momento da minha vida. Você sempre foi o pedaço mais belo do meu ser e sem você eu nunca seria nada.

O pedaço de mim. Você lembra o que te falei quando lhe pedi em casamento? Eu disse que antes de você, não acreditava em destino, mas no segundo em que te vi eu soube que a vida é composta de coisas além de nossas compreensão e que você era o presente da vida para mim. Quando paro para pensar naquele momento, me vem a seguinte frase: O que é seu ninguém tira e o que tiver de vir, com certeza virá. Solte-se, deixe a vida acontecer. Se for bom para você e se for seu, vai te encontrar. Você, Fernanda Andrades Gonçalves, aceitaria casar comigo, mesmo agora, depois de todos esses anos? Não importa a resposta, pois por mais que a resposta seja não, você sempre será todas as partes do meu coração, porque ele era vazio, antes de você chegar e se apossar dele.

Hanahaki. Você lembra o que falou para mim, quando eu terminei com você e fui embora? Você disse, que sentia como se estivesse com a doença de hanahaki. Lembro que você me perguntou se eu não te amava mais e controlando as lágrimas, eu menti olhando dentro dos seus olhos, dizendo que não sentia mais nada. Naquele momento, também senti como se estivesse com a doença, o meu coração estava sangrando rosas vermelhas, eu queria vomitar todas aquelas flores, tentando expulsar aquilo que estava me sufocando, mas eu não podia, porque isso só seria possível se eu deixasse de te amar, e isso era humanamente impossível Fernanda, eu jamais, pelo tempo que eu vivesse, deixaria de amar você. Antes de eu fugir e nunca mais voltar, até que já fosse tarde demais, você me disse, que se pudesse escolheria mil vezes arrancar todas as flores e esquecer que um dia havia me amado, me conhecido e que eu, naquele momento havia te destruído. Mesmo que eu vivesse, um milhão de anos, um milhão de vidas, em um milhão de lugares, eu nunca escolheria deixar de te amar, mesmo que isso me matasse aos poucos, mas não importa, porque sem você, eu também morria a cada dia, junto com a minha doença.

Hoje completa 21 que nos conhecemos. 17 anos que te pedi em casamento. 16 anos que eu te deixei. 11 anos desde a primeira carta de adeus que te escrevi. 10 anos desde a minha morte. E no fim, eu só quero dizer: Para todo sempre, seu.

Entregue, dia 15/01/2021.

F de Fernanda, que não
Ficou com o amor da sua vida.

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