Dia Ruim

136 6 0
                                    

P. O. V Rebecca
Hoje não estou nos meus melhores dias, são exatamente 16:00 da tarde do dia 2 de agosto, meu tio estava dirigindo enquanto eu dormia no Banco do passageiro com a cabeça no vidro, saímos de casa cedo para pegar o avião direto à São Paulo no interior, ao chegar ele me acordou onde respirei fundo olhando onde estávamos, suspirei ao ler o nome do cemitério da cidade, tirei meu cinto devagar saindo do carro com ele, peguei as Rosas que havia no Banco de trás, entramos e esbarrei sem querer a um garoto que estava saindo com o rosto vermelho de tanto chorar, me desculpei com o menino que apenas acenou com a cabeça saindo em seguida, fomos ao túmulo de meus pais limpando e recolocando as novas flores

-Tio pode... Me deixa sozinha uns minutos?  *olhei ele suspirando*

Lucas-Becky....

-Por favor não demoro prometo 

Lucas-Te espero no carro *beijou minha testa saindo em seguida *

Apenas concordei sentindo seu beijo, logo juntei minhas mãos olhando os nomes Lúcia Ruiz Deodoro (1990-2005)Marcos Deodoro Junior e foto deles, passei a mão me meu rosto onde escorreu uma lágrimas

2 de agosto de 2005

Mamãe e meu padrasto que chamo de papai íamos viajar finalmente para a Fazenda da dinda Bárbara, estava ansiosa, senti  Marcos passar a mão em meu cabelo e ajudar com a mala, ele era o melhor padrasto do mundo e enfrentou meu pai que tentou fazer coisas feias comigo, começou fazer cócegas me fazendo soltar altas risadas fofas

Lúcia -Vamos meus amores se não chegamos tarde

-Vamooos mamãe veeeem popaaai

Marcos-Estou indo bolinho de arroz *deu um sorriso *

Puxei sua mão sorrindo observando ele colocar as malas no carro e me pegar no colo colocando junto das malas 

Marcos-Hmmmm cadê a bolinho de arroz será? *colocou uma mão no rosto fingindo não me ver*

-Euuu estou ati popaaai *dei um sorriso levantando as mãozinha *

Logo rimos e fomos para o carro onde me prendeu na cadeirinha e beijou minha testa, minha mae estava com a mão no peito, observei os dois conversar sem entender nada

Lucia-Estou com um aperto será que não é melhor... 

Marcos-Fica tranquila é passageiro essa dor vai ver, vamos meu amor ela sempre quis ir à Fazenda de sua irmã e aliás o Lucas vai esta lá sabe como ela ama aquele tio dela gay 

Lucia-Então vamos por ela, pois o psiquiatra receitou muitos remédios a minha pequena

Olhei eles entrar e dar a partida no carro, ficamos rindo, logo me desliguei do mundo observando a chuva na janela, comecei imagina muitos unicórnio sorrindo, comecei falar com eles fazendo minha mãe pensar esta falando sozinha, mas sorrio para disfarçar, minutos depois senti algo bater forte sobre meu corpinho, e papai fica desesperando mexendo no volante, o carro estava derrapando na Estrada,o carro saiu rolando barranco a baixo me fazendo chorar muito de dorzinha, olhei para o Banco da frente onde os dois estava desmaiados, estava presa na cadeirinha com alguns machucados chorando enquanto ninguém me ouvia,ouvi sirenes de ambulância chegar ao local do acidente, quebraram os vidros me tirando da cadeirinha enquanto vi eles levarem duas macas com os corpos dos meus pais à ambulância, o moço que me pegou começou me acalmar e limpar os machucados

Horas depois de esta internada com alguns tubinho para respira e meu tio Lucas ao meu lado, o médico chamou por ele avisando sobre a morte dos meus pais, ele me olhou triste e beijou minha cabecinha, logo vi ele sair abraçando a dinda chorando, não sabia o que estava acontecendo, mas fiquei triste ao ver a cena

Flashback.... fim... 

Comecei a chorar caindo ajoelhada em seguida lembrando do acidente, me apoiei sobre os túmulos com o rosto em meus braços, olhei para a foto deles

-Por que logo com vocês? Eu era uma criança... essa vida foi tão cruel comigo, estávamos felizes morando em um lugar simples, pouco me importa o dinheiro, a fama, vocês era tão humildes, Deus por que? *chorei novamente *Vocês devia estar aqui , vivendo cada momento ao meu lado, mamãe.... Eu estou me tornando alguém finalmente, aprendi o que era amar com uma garota incrível chamada Manuelly, pela primeira vez eu me apaixonei perdidamente, Marcos.... Você mesmo sendo meu padrasto sempre foi um verdadeiro pai para mim, me protegeu como um, cuidou de mim e fez o trabalho certo do que aquele escroto que não devia nem ser do meu sangue, você estava certo papito, um dia a bolinho da arroz ia conhece o bolinho de feijão perfeito *dei um sorriso* você sempre foi meu herói e me fez ter orgulho de ver fazer minha mae feliz, como dizem pai é quem cria, você me Criou com todo amor do mundo, obrigado e cuida de mamãe no céu ok.... *suspirei em seguida *13 anos se passou e não acredito que vocês foi embora, queria que tivesse aqui para ver quanta coisa eu estou conquistando, sem tirá que estou trabalhando, mamãe sentiria orgulho disso, me ver seguir cada sonho *levantei limpando o rosto *amo vocês ok... 

Senti uma mão em meu ombro e olhei quem era, o garoto que esbarrei, ele segurava meu celular esticando a mão para me entregá, logo peguei agradecendo

Filipe-Aqui seu celular me desculpe o descuidado, sou Filipe *apertou minha mão *

-Rebecca *apertei sua mão sentindo  que já o conhecia de algum lugar *me perdoa de verdade

Filipe-Tudo bem Rebecca vejo que teve até motivo, eu também vim ver o Túmulo de minha mae, se foi de câncer, sei que não pergunto mas..... desculpe 

-Tudo bem eu te conheço de algum lugar? Desculpa a pergunta

Filipe-Talvez.... de outras vidas ou anos *me olhou com um sorriso*sou apenas um garoto suicida, tenho que volta à Coreia, até mais garota problema *piscou saindo de perto*

Olhei sem entender como ele sabia do meu apelido, respirei fundo balançando a cabeça, sai logo atrás olhando meu tio entrando no carro

Lucas-Por que demorou? 

-Você viu o garoto que eu esbarrei? Ele não parece estranho? 

Lucas-Nossa ta com alucinação? *me olhou *Não tinha garoto nenhum Becky 

-Sim tinha.... ele era assim *comecei contar suas características e olhei rindo de mim*

Lucas-Isso me parece uma versão sua, só que homem beckys *começou a dirigir*

Bufei colocando o cinto, acredito que não estaria alucinando novamente, estava tomando meus remédios desde meus 5 anos de idade, olhei pela janela pensando no caminho do aeroporto

Garota Problema  (1. Temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora