O diário de Sofia

Apagar Minha Memória

Ninguém sabe o drama que se passa na nossa cabeça...

Alguns dias da vontade de desistir de tudo;

Outros apenas de diminuir o ritmo, mas ainda continuar;

E os mais raro, porém mais fortes, de largar tudo de uma vez e ficar apenas quieto, ali no seu canto sem incomodar ninguém ou apenas se afastar de vez de todo mundo.

Olha até aonde cheguei, lutei contra minhas próprias vontades, e mais uma vez estou aqui, querendo desistir de tudo...

Queria apagar minha memória. ..

Evitaria tantas coisas, tantos pensamentos...

Queria reiniciar minha cabeça, da um restart, começar de novo, do zero...

Apagar tudo e começar um novo jogo, uma nova fase...

Pegar essas memórias antigas e jogar fora, assim como elas fizeram comigo, me jogou no chão. .

Só queria não ter lembranças e nem memórias! !!

Às vezes da vontade de se afastar de todo mundo, queria não ter memória, elas estão acabando com a minha paz...

As melhores lembranças, estas que nos fazem sorrir, estão sendo apagadas, quase não as tenho...

As piores ficam martelando na minha mente, me faz pensar nelas noite após noite, tiram meu sono, tiram o meu dia, pois ficam lá, mostrando o quão ruim foi e quanto sua vida foi falha, cheia de decepções e falsas promessas, o quanto as pessoas falharam com você, e quanto você falhou com elas...

Para isto que serve as memórias ruins, pior que as pessoas que jogam na sua cara tudo que você fez de errado, as memórias ruins estão ali, entrelaçadas com a sua mente e ficam sempre te lembrando do quão ruim foi, de quantos erros você cometeu, e de quantos erros as pessoas cometeram com você. ..

A esperança não pode me deixar na mão, não agora na hora que mais preciso.

Não me sinto no fundo do poço, nem perto dela, mas me sinto na beira dele olhando para o fundo e com medo de chegar lá.

Não quero cair, não agora onde tudo está indo bem, porém mostrar estar bem o tempo todo já está começando a ficar difícil, não sei por quanto tempo esse "fingir está bem" irá durar, fingir está bem, esta começando a pesar.

Sinto-me novamente no lugar aonde me encontrei na última vez, sozinha.

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