Capítulo 7

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Louis passou uma semana inteira em casa. Ele foi à festa de Natal de sua avó, ajudou as garotas a fazer biscoitos e foi para a cidade com Dan pegar alguns presentes de última hora. A pele de sua mão foi se curando, até que ele não precisasse mais usar ataduras na palma da mão.

A neve caia com moderação e depois pesadamente, até que ele quase não teve escolha a não ser ficar dentro de casa. A TV da sala ficava quase frequentemente ligada, mas sempre permanecia nos canais que mostravam filmes de Natal, sem vestígios de notícias sobre corrida em qualquer lugar.

Ele caiu nessa rotina com facilidade, apesar de sempre esquecer como era estar em casa, ficar tão calmo e à vontade de não ter que se preocupar com quem o veria era muito bom.

Mas, ele ainda precisava passar óleo no pescoço e nos pulsos todas as manhãs antes de descer para o café da manhã. Ele ainda teve que sacudir a cabeça com uma pequena risada quando sua avó, e mais tarde, sua mãe, perguntaram se ele estava vendo alguém. Ele ainda tinha que colocar sua jaqueta com a fita vermelha quando ele foi ao mercado pegar ovos, leite e xampu uma tarde.

Ele provavelmente teria que fazer as mesmas coisas em torno de sua família, mesmo depois de sair da equipe. Ele provavelmente sempre teria que manter algo escondido deles.

Mas ele poderia lidar com isso.

Como sempre, ele teria que fazer isso.

*******

No aniversário de Louis, todos saíram para jantar.

Ele não conseguia se lembrar de uma vez que não haviam feito isso. Toda véspera de Natal, ele se lembrava de sua família saindo às 7h, junto com todos os outros vizinhos, mas em vez de ir para a fachada da igreja no centro para acender algumas velas, eles iam a qualquer restaurante que conseguissem reservas, recebendo a maior mesa possível para que pudessem caber a todos da família, bem como uma pequena pilha de presentes para o aniversário de Louis.

Este ano não foi diferente, todo mundo ficou louco com o pouco tempo para para fazer reservas em qualquer restaurante.

"O primeiro que chegar na minha moto pode ir comigo na traseira", Louis gritou quando todos eles estavam do lado de fora.

"Absolutamente não", sua mãe interrompeu imediatamente, "Todos, entrem no carro. Não deem ouvidos ao seu irmão"

"Mãe, eles ficaram bem! Eu sou profissional!"

"Diga isso para a sua mão esquerda. Tudo bem, todos entrando"

Ele revirou os olhos, o que lhe rendeu um pequeno golpe no braço. Ele suspirou e beijou sua mãe na bochecha, antes de finalmente entrar na parte de trás da van da família. Ele se apertou ao lado de uma pilha de seus próprios presentes e Felicite, que estava segurando Doris em seu colo.

Enquanto o resto da família se empilhava, ele tentou não deixar seu olhar fixo por muito tempo na fita azul safira que agora estava posicionada sob casaco de sua irmã, a qual ele não tinha notado antes. Porém, uma vez que eles já estavam na estrada, a música de Natal começou a reproduzir firmemente através do carro, alto o suficiente para abafa-lo, Louis se aproximou para falar com ela.

"Você fez o teste mais cedo?" ele perguntou, e Felicite olhou para ele com as sobrancelhas levantadas antes de seguir seu olhar até o tecido em seu casaco.

"Oh, sim", ela sorriu, tirando o cabelo da fita, "Meus resultados vieram há algumas semanas atrás"

"Não me lembro de você me dizendo isso"

"Não é grande coisa", ela deu de ombros, "Além disso, não é realmente uma surpresa. Todo mundo na família é beta, exceto você. Você é o estranho,"

pray for some sweet simplicity | pt-br versionOnde histórias criam vida. Descubra agora