Capitulo 4

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Quando eu acordei eu já estava no hospital, tudo parecia ter sido um sonho muito louco, contando isso para alguém parecia totalmente uma maluquice, certamente iriam achar que eu fumei algo ou que eu tive uma alucinação das grandes. Meus pensamentos foram interrompidos quando a porta se abriu.

- Kitty? - ouvi alguém me chamar.

- Oi... - respondi um pouco desorientada.

- Eu sou a enfermeira que está cuidando de você, daqui a algumas horas você será liberada, apenas sofreu alguns arranhões, teve uma luxação no ombro direito, que já foi resolvido e alguns pontos foram dados em seu corte na cabeça, você sentirá algumas dores depois, mas os remédios aliviraram.

-Ah sim! Muito obrigada. Eu queria fazer uma ligação, teria algum telefone que eu poderia usar? - perguntei.

- Eu não tenho certeza, posso ver para você. - falou indo em direção a porta, mas se deteve e voltou a olhar para mim sorridente. - Já ia me exquecendo, aquilo chegou para você tem umas duas horas, eu achei muito fofo da parte do seu namorado. - disse apontando para a mesinha.

Do que ela estava falando? Espera, ela disse namorado? - pensei e me virei em sua direção.
Antes que eu pudesse dizer a ela que eu não tinha namorado ela saiu pela porta do quarto, olhei para onde ela havia apontado minutos antes, uma mesinha ao lado da cama, havia um arranjo lindo com orquídeas azuis e ao lado, uma caixa com um laço azul, ambos com minha cor preferida, e sendo uma das minhas flores preferidas, ao me aproximar percebi que havia um cartão, que dizia:

"Espero que goste! Tive a sensação que essas são suas flores preferidas, espero ter acertado! Melhoras ! -SM "

Com uma bela rublica que eu poderia reconhecer de fotos que eu sempre via, e que achava a coisa mais linda, tudo bem ele acertou em cheio, eram sim minhas flores preferidas, mas também quem não adoraria ganhar orquídeas azuis de um ser tão doce e atencioso como ele. Sentei na poltrona de frente para a mesa, peguei a caxinha sobre ela, não era pesada, nem tão leve, desfiz o laço e quando eu abri, lá estava um novo celular... Ele me mandou mesmo um celular! Um "Uau" em forma de um susurro escapou de meus lábios, que agora formavam um grande sorriso, não que eu não esperasse que ele me mandaria, ao contrário, se ele disse que mandaria outro não havia o por quê duvidar, mas eu pensei que não seria tão rápido assim, eu causei o acidente ele não tinha obrigação de mandar nada, mas mesmo assim mandou...

Eu estava totalmente atônita, olhando para aquilo como se fossem desaparecer como em um passe de mágica, eu o liguei e recuperei meus dados do outro celular, tudo parecia normal como no outro, mandei mensagem para o pessoal do trabalho avisando do acontecido e que eu não iria comparecer a empresa durante três dias, e pedi a uma amiga para que fosse me buscar.
Em torno de uma hora eu já estava livre para ir para a casa, livre daquele roupão de hospital e agora com um vestido limpo que Allie trouxe para mim, com prescrição de remédios e mais remédios para tomar, manter repouso por causa do braço e mais algumas ordens médicas para serem cumpridas. Eu iria ficar na casa dela até resolverem o problema do curto circuito que estavam resolvendo em meu andar do prédio, me impossibilitando de voltar para casa, para minha sorte, Allie não morava muito longe do hospital que eu estava e poderia me receber em sua casa, às 10:10 ela já estava lá. Sentei ao seu lado no banco do carona do carro, depois de várias perguntas que tive que responder e sem mencionar o Shawn em nenhuma de minhas respostas, e estava torcendo que ela não perguntasse do arranjo de flores, assim que o interrogatório cessou e estavamos chegando em sua casa, o meu celular que estava no banco de trás dentro da bolsa vibrou.

Quando as Folhas Caem // Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora