Capítulo 4

268 21 23
                                    


Com as mãos na cintura dela, saíram do hotel e o motorista abriu a porta de uma limusine preta para que eles entrassem. Magali ficou pasma com todo aquele luxo, quando achava que Vieira não podia mais a surpreender, ele ia lá e provava o contrário. Sentaram um de frente para o outro e ficaram trocando olhares, ela levantou o pé ainda com o caro e impecável sapato que usava e levou até a calça dele subindo e descendo, provocando. Ele segurou o mesmo com força e mordeu o lábio.

- Estou começando a gostar desse nosso jogo, Magali. –Comentou retirando o sapato dela e mordendo o dedo com sedução. –Porque se você arde com os meus toques dessa maneira, você está sem saída quando eu decidir te castigar.

- Se atreva, lobo mau. –Respondeu provocando.

- Não subestime minha capacidade.

- Não me provoque, Vieira, porque nesse seu jogo eu já sou a campeã.

A porta se abriu lentamente e Magali saiu ficando de pé na calçada do restaurante, enquanto Vieira seguia sentado lá dentro tentando se recuperar do fogo que lhe atingia com aquelas palavras dela. Lançou um olhar para fora e viu como ela ajeitava o vestido e o sapato.

- Precisa de ajuda, querido? –Ela abaixou-se perguntando com um sorriso travesso nos lábios.

- Você não perde por esperar. –Ele respondeu saindo do carro e lançando um olhar matador para ela.

Quando entraram no restaurante, Magali sentiu os olhares pesando sobre ela e a única coisa que a consolou foi o braço de Vieira ao redor de sua cintura, segurando seu corpo com possessão. Ele apertou a apertou um pouco quando sentiu como ela estremeceu de medo, seus olhos castanhos estavam um pouco assustados, ela nunca havia estado em um lugar assim, era um mundo completamente contrário do que ela estava acostumada.

- Vai ficar tudo bem. –Vieira murmurou em seu ouvido. –Você está divina.

Um maître levou-os até a mesa reservada e lá estava o empresário Thompson com seu sobrinho chamado Henrique, os homens se levantaram e apertaram-se as mãos.

- Boa noite, senhor Vieira.

- Um prazer revê-lo, senhor Thompson.

- Esse é o meu sobrinho, Rodrigo. –O velho disse apontando para o rapaz.

- Muito prazer, Rodrigo.

- O prazer é todo meu. –O rapaz respondeu educado. –E essa bela mulher, quem é?

- Minha. –Vieira respondeu olhando-a com adoração. –Essa linda mulher é minha, aliás senhores...

- Me chamo Magali Garcia Sobral, encantada em conhecê-los, senhores. – Magali respondeu sorrindo educadamente e Vieira também sorriu. Eles se sentaram.

- Não sabia que estava noivo, Vieira. –Thompson disse.

- Essa não é a pauta de hoje... Ou é?

Eles então começaram as conversas de negócios enquanto os pratos eram servidos e Magali mordia o lábio inferior observando como as outras mulheres das mesas se comportavam para fazer igual. Quando notava que ela estava nervosa e sem saber o que fazer, Vieira apertava sua mão por baixo da mesa acalmando-a. Já estavam na sobremesa quando a conversa começou a ficar mais forte, Vieira continuava bebendo seu wisk com soberania enquanto o velho e o sobrinho tentavam negociar.

- Não sabia que você jogava tão baixo. –Rodrigo disse se levantando. –Se me dão licença, não quero mais dividir a mesa com este senhor. Querida Magali, foi um enorme prazer conhecê-la, espero que possamos nos ver em uma ocasião mais amena.

Uma Linda MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora