Capítulo 10

220 15 17
                                    


Gustavo estava percorrendo todo o salão do térreo, biblioteca, banheiros, sala de TV e não encontrava Magali. Estava tão nervoso que pegou mais uma taça de champanhe e foi até o jardim lateral onde encontrou Maitê e Bruno se beijando.

- Maitê, você viu a Magali?

- Você está interrompendo. –A juíza mordeu os lábios com raiva.

- E você está feito uma adolescente beijando no jardim. –Debochou. –Eu esperava mais de você, Bruno. Vamos, Maitê Vieira, onde está a Magali?

- Eu a vi indo em direção ao jardim dos fundos... E não foi sozinha.

Ele nem deixou ela terminar de falar e foi correndo até o local onde haviam indicado. Sua cabeça fervia e ele pensava logo em Rodrigo. Aquele porco maldito não se tocava mesmo, seu sangue ferveu quando chegou até o jardim dos fundos onde havia uma piscina e Magali estava gargalhando com nada mais e nada menos que... Tia Estela.

- Por falar nele... –A senhora sorriu apontando. –Sabia que sentiria sua falta.

- Custava ter avisado onde iria? Quase botei os seguranças para irem atrás de você, Magali.

- Calma, estou aqui sã e salva. –Disse sorrindo para ele.

- Bom, agora que Vieira está aqui eu irei entrar para conversar com meus convidados, não vai demorar para partir o bolo, querida, fique à vontade.

- Obrigada dona Estela.

- Pode me chamar de tia também. –Sorriu a senhora. –Não vai demorar para que você e meu sobrinho se casem.

Magali apenas assentiu com um sorriso de canto enquanto via a mulher sair do local caminhando com um pouco de lentidão devido à idade, mas sem perder a pose. Gustavo e ela ficaram olhando-a se afastar e depois se olharam.

- Eles adoram você.

- São pessoas especiais, Gustavo. –Mordeu os lábios. –Sua família é pequena, mas tem um valor enorme e sua tia é incrível.

- E que não vê a hora que eu me case, tenha filhos... –Disse com melancolia olhando um ponto fixo. –Mesmo que meu trabalho seja de sucesso e eu ganhe muito dinheiro, eles querem que eu assente a cabeça.

- E tirem essa sua fama de mulherengo. –Completou Magali. – Você é possessivo, Vieira, que Deus tenha piedade da mulher que você realmente escolher para ser sua...

- Que Deus tenha piedade de você, Magali. –A interrompeu segurando seus braços com delicadeza. –Segunda-feira você será livre como um pássaro, mas hoje ainda é sábado querida e em 48 horas tudo pode mudar.

- Você vai perder tão feio nesse jogo que eu vou rir da sua cara, Gustavo Vieira. –Disse com um tom altivo. –Você terá de engolir essa sua prepotência.

Ele a tomou pelas mãos com rapidez, levando-a até um local onde não havia absolutamente ninguém. O vestido longo de Magali e os saltos finos não deixavam que ela caminhasse bem, principalmente naquele gramado verde, mas ele parecia pouco se importar com isso, apenas queria que ela o acompanhasse no mesmo ritmo. Chegaram em um local pouco iluminado, para não se dizer escuro, entraram ali sentindo algumas folhas ralarem suas costas nuas e depois desaparecer por completo a vista da piscina e dos jardins. Era um lugar quadrado, como se fosse uma passagem secreta, cabia apenas os dois ali.

- Meu esconderijo com a Maitê quando quebrávamos algo na casa. –Ele disse fazendo Magali sorrir. –Preciso de você, querida, agora.

- Parece que cada vez que discutimos me sinto mais excitada por você, Gustavo. –Declamou mordendo o lábio inferior dele.

Uma Linda MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora