Quero ver você dançar em mim

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Olá, voltei com a última parte♡

Uma autora que escreve uma das minhas fanfic fav leu Cor de marte e eu tô até agora aaaaa de tanta emoção KKKKKKKKKKKKK

Espero que gostem e que eu possa trazer mais do que eu escrevo aqui pro wattpad. Boa leitura♡

🌌

A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. — 

Clarice Lispector

Já fazia duas semanas e meia que eu não via Jimin.

A última vez que ficamos tanto tempo afastados assim foi quando ele viajou pro Ceará para passar as festividades de fim de ano com sua família e isso já tem três anos.

Eu sei que ele precisava de um tempo, mas era tão difícil ficar longe dele... Não ouvir sua risada pueril como a de uma criança; não poder segurar suas mãos pequenas e entrelaçar nossos dedos; deitar em sem peito; dormir de conchinha; fitar seus olhos verdes... Era egoísmo da minha parte, eu sabia, só não conseguia evitar.

Mas, acima de qualquer saudade, eu esperava que ele estivesse bem e se desprendendo das amarras. Se desconstruir e se aceitar é um processo que perdura até o fim da vida. E ver ele dando o primeiro passo me preenche de alívio e felicidade.

E mesmo sem Jimin ao meu lado para curtir àqueles dias longe da faculdade, eu até que consegui aproveitar bem nossas últimas semanas de férias.

Mas continuo tendo tantas saudades dele... 

— Levanta gay, bora trabalhar! — Taehyung cutuca minhas omoplatas com seus dedos ossudos, me tirando um resmungo de dor.

Estávamos em sua casa, nos arrumando — quer dizer, ele estava, eu só mofava no sofá — para à festa fantasia literária da Sophia. Basicamente tínhamos que ir caracterizados dos nossos personagens favoritos de algum livro. E os presentes para à aniversariante tinham que ser, isso mesmo, livros. Eu disse que aquela garota é uma leitora bem compulsiva.

— Sai, Tae. — agarro ainda mais a almofada.

— Vamos nos atrasar. — disse agitado, alongando o “r”. — Cuida logo, Jungkook!

— Não. — respondi como uma criança birrenta, enfiando a cara na almofada.

Em parte eu estava com medo da fantasia que o Kim tinha me reservado; por outro lado, eu realmente não queria sair daquele sofá.

— O Jimin vai estar lá. — afirma.

Aquele friozinho famigerado cruzou o meu estômago, indo até o peito.

— O-que? O Minnie v-vai mesmo? — as palavras saem atropeladas, enquanto rapidamente sento no sofá. Meu coração batia forte. — Não está dizendo isso só pra eu ir, né? — fico murcho com a suposição e um bico se forma em meus lábios.

— É claro que não, né seu idiota! — revirou os olhos, ofendido com a minha pergunta. Murmuro um pedido de desculpas. — Ele decidiu ir de última hora.

— Faz alguns dias que ele não me manda mensagem... — refleti inseguro, projetando um bico maior.

— Fazia alguns dias que ele não me mandava mensagem também, na verdade, só mandou essa, e até agora não me respondeu. Agora vai logo tomar um banho, porque já estamos atrasados e não quero deixar meu Solzinho esperando!

Cor de marteOnde histórias criam vida. Descubra agora