A maneira atrevida que você junta as palavras, mexe com a minha cabeça.
Mas achava que ele era diferente, até vê-lo ir embora.
Seu jeito engraçado e atrapalhado de ser, é até confuso capitar o que passa em sua cabeça. Seus olhos eram como uma porta de vidro, que não tinha como entrar mas gera curiosidades para descobrir o que tem do outro lado.
Quando o vi pela primeira vez, senti como borboletas no estômago, meus olhos brilhavam e um suave arrepio ao som de sua doce voz. Minha fala estava mais ofegante, minhas expressões mais felizes e radiantes.
E quando senti teus dedos nos meus, era como se eu conhecesse a paz pela primeira vez.
A sensação não foi estranha igual de nosso último abraço, a diferença é que eu sabia que aquela seria a última vez que o abraçaria.
O teu cheiro é impossível de esquecer, um perfume, o melhor perfume. E na rua quando sinto uma fragrância igual, olho rapidamente mas vejo que não é mais você.
Você realmente sumiu de mim, nem falou para onde ía, só se foi...
E hoje? Hoje vejo a vida com outros olhos, olhos que a frieza tomou, olhos que eram belos e brilhavam pelo amor. Mas que agora, agora eles foram junto com aquele abraço.
Bom, acho que não nos conhecemos, eu nem mesmo me apresentei, que falta de respeito a você.
Bem, meu nome é Natasha. Sei que sou muito nova para transformar tão rapidamente meu coração em gelo. Mas não tenho culpa (ou tenho), eu me preocupei de mais e olha no que deu?!
Porém, é assim, tenho 18 anos e me tornei uma pessoa com muito desleixo, no amor é claro, se quer que isso exista.
Estou iniciando a faculdade de direito. E olha, realmente não é nada fácil. Entretanto, eu amo o que faço, então vale muito a pena. Por que eu demorei 1 ano pra começar a faculdade?
Ah, porque eu não fazia a mínima ideia em qual carreira profissional seguir. Já agora como podem ver, hoje eu sei bem.É sempre incrível saber como ajudar as pessoas; os trabalhadores que estão sendo explorados, essas coisas.
Eu moro sozinha desde que me formei no ensino médio, logo em seguida vim para uma cidade mais tranquila, com pessoas mais gentis. Ainda sim, sinto falta da minha família, apesar de não me apoiarem em nada. Do mesmo modo, eu não me importo, sinto falta dos beijos e abraços, brincadeiras e puxões de orelha, que toda vez me davam.
Já meus amigos, não me deram sinal de vida há anos. No entanto, uma amiga minha me disse que viria me ver, cheguei a me espantar. Afinal, não nos falávamos há 2 anos. Apesar disso, ela ainda é como uma irmã para mim. Já o meu amigo que considero do mesmo modo, não me disse nada, sei que ele ficou muito chateado pelo fato de que não disse que iria vim para São Francisco. No entanto, poderia ao menos ter ficado feliz por mim assim como Emma ficou.
Não é muito tempo se virem de avião, 42 minutos e de carro é em torno 5 horas e 40 minutos. Suspeito que sinta minha falta como eu a dele, mas apesar disso orgulho não deixa.
Tenho no meu quarto uma foto de nós três. Tiramos quando viajamos para o Japão, não somos do tipo de fotos, mas tínhamos que ter algo para nos lembrar. Éramos inseparáveis, até difícil de acreditar que não nos falamos durante 2 anos.
Bom, às vezes eu acho que foi até melhor ele ter ido embora, assim tive coragem de começar uma vida nova sair de Orlando, morar sozinha, me desligar um pouco de tudo.
Na faculdade eu conheci pessoas novas, uns amigos que me acolheram, porém, não quero me relacionar muito com as pessoas, me sinto bem comigo mesma e é o que eu preciso nessa nova fase.
Às vezes acho que virei uma garota muito reservada, mas foi do jeito que eu aprendi a me proteger.
Eu durmo olhando para a lua e as estrelas todos os dias. Imagino como se ele sempre estivesse perto de mim, quando sinto meu coração, parece que essa dor nunca vai sumir.
Choro toda vez por conta dela, eu não queria sentir isso, porém é algo inevitável nesse momento. E para amenizar isso tudo, durmo com meu quadro com uma foto Emma, eu e Noah, na nossa infância e parece que eu volto no tempo em meus sonhos, é fascinante.
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O coração de gelo.
Roman d'amourUma garota que não acredita mais no amor, a partir do momento que a pessoa a qual ela era apaixonada a deixou.