Antichrist {悪魔} PJ+JJK
A noite era fria. Como todas as outras, solitárias e angustiantes onde eu me encolhia no lençol suado por todo o meu medo que transpirava por meus poros que tremiam, eu tremo da cabeça aos pés e algo está respirando em meu ros...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
He comes to take care of me when you sleep.
{悪魔}
Ele vem cuidar de mim quando você dorme.
*
*
Eu sempre tive problemas para dormir. Problemas com sonhos, medo do escuro e como as sombras em minha volta cresciam até o teto em formatos macabros quando eu estava só.
Com uma família falsamente religiosa, já ouvi várias vezes em cultos dos pastores que eu estava sendo perseguido e precisava me afastar das coisas mundanas, e por isso eu comecei a evitar as igrejas. De qualquer forma, eu nunca conseguia prestar atenção pois um sono me encobria como um lençol e eu nunca conseguia ficar consciente durante a palavra, e chegou uma época que meus pais não podiam apenas me obrigar a ir, então eu não ia.
Meus olhos pesavam e minha cabeça doía, e sempre que eu dormia sentia peso nos meus ombros, isso anos e anos de fisioterapia que nunca ajudou. Eu comecei a me acostumar com as portas batendo, com os ruídos estranhos de arranhar nas paredes e com as sombras escuras nos cantos da casa. Uma mente fértil e infantil, é óbvio que esses olhos que te observam pelo espelho são apenas da sua imaginação, pura e doce imaginação de uma criança imaculada.
Por mais que os sonhos começassem a se repetir noite após noite, onde eu estava trancado em um quarto escuro e tão apertado que eu mal poderia respirar e tentava a todo custo acender as luzes que nunca acendiam. E a cada segundo, minha respiração ia ficando mais escassa e o medo de como se algo fosse chegando cada vez mais perto, independente do quanto eu gritasse para abrirem a porta ou acender as luzes. Elas nunca acendiam, e quando eu acordava os olhos negros e sutis continuavam no canto da parede, assim desde que eu me lembro. Por mais que noite após noite eu tivesse começado a sentir mãos em meus pés por baixo das cobertas, frias e com unhas afiadas que deixavam marcas que ninguém parecia ver além de mim. Aos meus doze, fui em todos os médicos psiquiátricos que pude e diagnosticado de forma porca com esquizofrenia, talvez apenas para meus pais terem um motivo para me culpar por ser tão perturbado e gritar a noite após noite. Por mais que todos os domingos fossem na igreja e orassem por perdão por seus pecados semanais, não acreditaram que seu filho poderia estar sendo perturbado desde que nasceu. Ele é apenas louco, eles pensavam. Enfie esses remédios que o fazem dormir para que possamos ter silêncio, talvez. Encham ele de drogas, portanto que não me incomode. É assim que eles pensam, talvez? E as noites sempre foram frias e nenhum pouco solitárias, porque a presença sempre esteve lá comigo, mais do que ninguém. Então comecei a acreditar que talvez me protegesse, e me assustasse mas sem intenção de faze-lo. Se meus pais não me ajudam a dormir, e as drogas me fazem querer cometer suicídio, porque não acreditar no único amigo que você já teve que não te chamou de perturbado e doente? as noites nunca foram solitárias.