Capítulo 12

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[...]

L: - Ei! - me viro - Vem aqui.

N: - Vai tentar me comer?

L: - Preconceito. - Falou em tom de brincadeira mas eu não ri. - ... Vem, eu não mordo! - Me aproximei.

L: - Me conta sua história? - o olho com uma cara de "Sério?" Com a sobrancelha erguida. - Vai, vamos tentar fazer amizade...

~ Uma verdadeira criança. ~

[...]

Eu estava sentada ao lado dele debaixo da árvore.

N: - Mas e você? Se a gente tá tentando virar amiguinho, você também tem que falar.

Ele olha para baixo e sorri, seu sorriso não era muito grande, era "fechadinho" mas era brilhante e combinava com seus olhinhos levemente puxados.

L: - Eu...? - Ele levanta a cabeça ainda sem olhar para mim. - Eu era bem pior... não me controlava, já matei muita gente inocente.

N: - Foi mal mas você continua matando.

L: - Ninguém muda totalmente... eu já tentei ser o mocinho, mas o monstro que essa maldição colocou dentro de mim... - Ele olha para mim com um olhar vazio em olhos totalmente pretos. - Só quer carnificina...O mundo já tem muitos heróis Nun...

Ele começa a se aproximar ameaçadoramente com seu olhar psicopata e eu tentava me afastar me arrastando de costas no chão.

L: - Eu não queria ser o vilão...

Ele parte para cima de mim e eu me levanto rapidamente, ele se levanta também e continua se aproximando, minha única reação é dar passos peguenos para trás.

A face do lobo selvagem pisca sobre seu rosto

L: - Eu não o controlo Nun... - ele fala com a voz sombria e mais grossa que a sua normal - É o contrário! - Sua voz normal tentava gritar por trás dos rosnados, havia uma luta interna alí.

L: - Afinal... Eu sou um monstro! - ele se transforma na fera feroz e selvagem que lambia os lábios cobertos de pelo, antes de pular para cima de mim em ataque.

~Duplo narrador on.~

L ~ Os olhos já vermelhos dela tem a cor intensificada, parece que eu não sou o único monstro aqui.

Nun começa a se transformar aos poucos.

N ~ Ele vem para cima de mim e eu frustro sua tentativa o pegando e jogando para longe, o que o fez cair no chão de costas.

L ~ De onde veio essa força?! Ao menos agora você terá alguma chance.

N ~ Quanta confiança...

L ~ Ler mentes também? Cheia de surpresas 'hein'

N ~ Não sabia que cachorrinhos eram lentos de cabeça...

L ~ Vai ser fácil pra mim arrancar a sua!

N ~ Ele pula em cima de mim com os dentes no meu pescoço e eu caio no chão, com minhas unhas duplicadas de tamanho cravo elas em seu tronco e puxo dando arranhões profundos e chuto o mesmo com as duas pernas, ele voa longe e se transforma de volta, agora sangrando no chão.

~Duplo narrador off.~

O garoto põe a mão na barriga que sangrava e do chão olha para mim, me aproximo e o olho com desprezo.

N: - Poxa totó, poderia ter evitado isso se saísse do meu caminho...

[...]

Voltei para a caverna e só tomei banho e sai denovo, agora para a escola.

~O que aconteceu lá? Será que ele resolveu piorar a maldição e me deu mais poder? Força? Teletransporte? Ler mentes? Eu estou virando cada vez mais um monstro!~

K: - Nun!

N : - Não posso falar agora Kelly...!

Eu não tenho realmente nada para fazer, só não queria ver o sorriso ridículo da Kelly na minha frente, que parece ser sempre sincero como pode?!, Então fui ao banheiro.

Ao chegar lá havia algumas patricinhas conversando coisas fúteis.

N: - Saiam! - Disse batendo na porta de metal fazendo elas saírem assustadas.

Me olhei no espelho e vi minhas pupilas dilatarem e fecharem repetidamente, me sentia estranha desde a briga com o lobisomem.

~ Garota estranha ~
~ Ela me assusta... ~
~ Essa menina se acha só porque acha que assusta ~
~ Alguém coloca ela em um manicômio ~

Ouvia diferentes vozes que pareciam sair ... Da minha cabeça?!

Senti um incômodo no céu da minha boca e então um gosto metálico invadir meu paladar. Abri a boca e vi uma fileira de dentes que não deveria estar lá.

N: - Ai que enjoo...

Coloquei a mão na frente dos meus olhos para controlar a tontura e senti minhas unhas alongadas...de novo.

Senti a tontura ficar mais forte e então apaguei.

[...]

Acordei e senti minha mandíbula fora do lugar e uma estranha dor no corpo, meus braços e pernas ardiam, meus dedos doíam como se tivesse tido que segurar algo muito firmemente. O gosto estranho em minha boca e a estranha sensação de estar cheia me faziam pensar o que teria acontecido.

Abri os olhos devagar e me assustei com a minha visão, os espelhos rachados, pias quebradas, o banheiro inundado e todo canto coberto de sangue.

N: - Aconteceu uma chacina aqui...?!

Quando me dei conta do que podia ter ocorrido, me levantei rapidamente.

N: - Eu tenho que ir pra casa.

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⏰ Última atualização: Dec 26, 2020 ⏰

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Ela e seus olhos vermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora