XI

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Começo a me desesperar, até que penso em ir para o outro lado, esperar elas entrarem para passar, explico a Melissa por gestos que entende o que eu queria fazer. Explicando isso apenas olho para os lados e atravesso rápido, tentando não chamar a atenção, o que acabo falhando ao ouvir Letícia dizer:

-Nossa! Passou uma médica ou enfermeira igual a Tata. Vocês viram?

-Não, Letícia para, ela está inconsciente em um quarto, e se fosse ela por que estaria de médica? -Izadora responde brava, ela realmente parecia preocupada comigo.

-Calma meninas, vocês discutirem agora só vai piorar tudo, já já entramos lá com a Tata certo? Dando amor e carinho pra nossa neném! -Kaline diz em com um tom calmo, como o de uma mãe, o que para gente ela era, já que era a mais velha do grupo.

-Bem aqui está o crachá de visitante de vocês, ela está sozinha lá, então vou liberar as três para entrarem ok! Mas por favor, não façam barulho, já são quase 18:00 e tem alguns paciente que ja estão dormindo, e eu só posso liberar esse horário dois visitantes. -O porteiro diz gentilmente para as meninas, Kaline pega os crachás e distribuí para as meninas de acordo com o nome que cada uma havia escrito nele. Kaline sorri ao porteiro e diz:

-Obrigada senhor! Não faremos barulho, só queremos ver se nossa melhor amiga está bem. Obrigada mesmo!

Ele apenas sorri, pude ver pelo reflexo do vidro Melissa virando  os olhos, as meninas passam pela catraca, eu me viro de costa rapidamente e escuto elas passarem desesperadas, indo em direção a sala que eu estava.

Não podia perder mais tempo, tinha que sair dali antes que elas voltassem e me vissem ali. Me viro e olho para Melissa, ela volta a conversar com o porteiro, então eu passo meu cartão rapidamente, a catraca se abre e eu passo, estava tudo indo bem até o porteiro dizer:

-Boa noite senhora, descanse, até amanhã!

Não sabia se poderia me virar, mas não iria ignorar o pobre coitado, que parecia ser tão gentil e prestativo, então apenas digo sem me virar:

-Boa noite meu querido companheiro, até amanhã, descanse você também certo!

-Pode deixar! -Escuto o mesmo dizer, já estava um tanto longe, me viro espero Melissa nos sofás a ir tinha na recepção, até que a mesma aparece e diz:

-Meu Deus garota! Isso foi incrível, quase fomos pegas, que adrenalina! Haha! Mas agora temos que ir, do jeito que elas se importam com você vão aparecer logo.

Apenas concordo com a cabeça, estava tirando o jaleco e o dobrando, até que Melissa me olha e pergunta:

-O que está fazendo garota? Temos que ir logo embora!

-Eu não vou roubar esse jaleco e nem o cartão dessa moça, vou deixar aqui, uma hora alguém vai encontrar! -Disse colocando o jaleco dobrado com o cartão em cima. E em seguida vendo Melissa virar os olhos.

-Nossa, você é certinha de mais, como se meteu em tudo isso? Vai fazer o que agora deixar um bilhete de desculpas com seu nome, número e endereço?

Apenas viro os olhos e contínuo andando,  sendo seguida pela mesma, paro alguns minutos ao ouvir a voz de Letícia gritando de desespero, sem ser mal educada ao porteiro perguntando onde eu estava. Melissa apenas põe as mãos sobre meus ombros e me puxa para saímos logo dali.

Melissa me conduz até seu carro, ela o liga e dirige, nos levando até as ruas do centro.

-Onde você mora garota? Vou te deixar em casa. -Ela me pergunta, sendo doce do jeito dela.

Digo a ela onde eu moro, a mesma entende e faz o retorno indo em direção a minha casa.

-Eu nem lhe perguntei, mas seu nome é Beatriz certo? Ouvi aquela sua amiga dizer, mas por que te chamam de Tata? -Ela pergunta me olhando.

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