A luz do entardecer. O banquete.

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O saltitar das ondas sonoras vinda de todos os lados chamou-me atenção, assim fazendo que eu olhasse para cima. A espada que estava apontada para meu coração foi desesperadamente interveptada pelas lembranças boas de Larissa ao meu lado.

Estava sozinho no meio da escuridão imensa e eterna com uma simples luz que vinha do alto. Imagens marcavam cada morte, cada jovem que podia ter algum futuro.

Cadú e Stephanne, ambos mortos na imensa escuridão que ainda abrange toda a arena.

Agora só me resta Emma, a única aliada entre 7 sobreviventes. Já foi um alívio saber que consegui sobreviver a vários tributos lutando pela sua sobrevivência. Depois de tudo a escuridão voltou até que em torno de 1 hora tudo ficou claro de novo. Toda a Panem agora está como no início, toda a destruição imersa agora se tornou uma grande cidade colorida e com altos prédios.

Corpos não se encontram no amplo espaço que me encontrava. Não parecia que já morrera 41 pessoas, foi tão rápido quanto uma viagem até meu distrito.

Uma voz me faz ficar atento no momento. Sua voz era rouca e sua linguagem era muito articulada.

- Tributos sobreviventes decidimos nos ajudar com um banquete deslumbrante e tentador. Será colocado 7 sacolas com coisas que vocês mais precisam, só tomem cuidado pois surpresas estarão à sua espera.

Tudo era tentador para mim, e agora estava machucado. Preciso de algo, e terei que me arriscar, mas será que é alguma armadilha? Provavelmente.

O longo espaço encontrado de mim até a cornucópia parecia não acabar a todo instante. Em passos paralelos meus pés ficavam emitindo uma dor incomparável. Caminhava enquanto comia um dos pães que havia restado do paraquedas que Larissa havia me enviado.

Larissa, a garota dos cabelos curtos e sedosos, a garota que me fez feliz por longos anos, mas é a justificativa de eu estar aqui, a beira da morte. Mas como seria a minha vida sem ela? Eis a questão.

Depois de um longo percurso chego ao meu longínquo destino. Escondo-me perto de um arbusto grande e florido com lírios brancos majestosos. Ninguém havia pego ao menos uma sacola assim concluo que estão escondidos como eu. Uma flecha vinda de algum lugar ataca-me de repente acertando meu braço esquerdo. Eu uivo de dor, me jogo no chão para assim fazer com que eu fique mais escondido e assim não ser acertado mais uma vez.

Mesmo com muita dor retiro com força a flecha de meu braço, lágrimas contínuas saiam de meu olhos. E o pior não era a dor, mas sim que eu não podia gritar se eu morreria de vez. Tiro um pedaço de minha camisa e amarro em cima da ferida prescionando-a.

Sinto que algo, ou alguém se encontra atrás de mim. Preparo minha espada e avanço me virando. O estalo emitido entre a espada e o machado ecoou em meu ouvido me deixando atento. Era Emma, quem eu pensava que era minha aliada, acabou de tentar me matar.

- Você? E a nossa aliança? Como fica? - Pergunto tentando entender o que havia acontecido.

- Não consigo viver assim. Se for para voltar para casa viva terei que fazer isso. -E então terei que fazer o mesmo.

Com minha espada ataco-a em sua área abdominal. Ela geme e lança seu machado em direção a minha cabeça. Jogo-me no chão desviando do vasto ataque feito por ela. Algo de muito ruim agora havia ocorrido. Minha espada acabou saindo de minha mão e acabou fincado no chão perto dela.

Agora o jogo estava totalmente contra mim, ela tinha 2 armas enquanto eu havia meu simples tridente, mas algo me chamou atenção, a minha chance de concluir esse combate imperioso. A ferida em sua barriga. Ela corria em minha direção, seu olhar estava sedento de sangue. Entendia o seu lado, mas como na vida nada é justo terei que fazer minha parte.

Enquanto ela vinha em minha direção eu me preparava com meu tridente pronto para ataca-la. Ela me ataca primeiro com a espada em direção em minha cabeça, mas eu abaixo, mas foi uma péssima ideia até que fui de cara com seu machado. Ela estava crente que conseguiria me matar, mas infelizmente ela se enganou, eu pego o machado pela lâmina abaixando-o e cravo meu tridente em sua barriga cravando na árvore que estava atrás dela. O canhão soa.

Estava totalmente coberto de sangue, acabava de matar uma garota inocente que lutava para sobreviver. Ao olhar para a cornucópia somente 2 sacolas, saio correndo em direção a elas e pego a minha e a de Emma. Quando estava prestes a sair da cornucópia uma explosão perto de mim ocorre.

Sou jogado para longe, minhas feridas jorravam sangue e eu não aguentava mais. Arrastei-me até um tronco de árvore meio zonzo e jorrando sangue.

Não consigo pensar e ao menos enxergar direito. Pego a minha sacola e vejo um bilhete em que estava escrito "Amor, estou grávida! "

Essa foi a minha última visão, a última lembrança e assim revestido de lágrimas incontáveis eu apaguei.

Distrito 4. Os jogos começaram.Onde histórias criam vida. Descubra agora