Capitulo 4- Confidências

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  Sethos pousava no chão calmamente, enquanto Ignês e Bard estavam surpresos com tudo o que viam e ouviram do príncipe. A nevoa havia desaparecido completamente e Ignês indagava incrédula:

- C-como assim? O príncipe Sethos é um deus?

- Sim. - confirmava Amaya de modo animado. - Não foi difícil para o eclipse derrotar um necromante. Oh e assim como Sethos, vocês também são deuses: Brad, você é o trovão; Ignês a deusa escarlate. E eu sou o desejo e a ilusão! Duas em uma, o que acham? Huhu!

- D-deuses? - Indagavam os dois, olhando um para o outro.

- Sim. - confirmava Sethos se aproximando calmamente. - Tenho certeza que Ignês é filha de Drackzer, o fogo e a guerra, e de Sitski, o vento e a beleza. Enquanto Bard é filho de Linus, a água, e de Elze, a terra.

- Espere... Isso está confuso... - dizia Ignês. - Se somos deuses, por que estamos aqui? Onde estão nossos pais?

- Vou tentar explicar brevemente. - dizia Amaya. - Antes de tudo havia uma força chamada Caos. Esta força criou tudo, inclusive o mundo humano, mas os humanos se criaram de forma estranha... Enfim! Voltando ao ponto: Essa força criou todos os deuses, porém com o tempo ela acabou se tornando egocentrista demais... A tal ponto de ela querer matar suas próprias criações.

- Mas por que isso? - Indagava Bard, sentando-se no chão.

- Bem, Caos assumiu um corpo para se misturar com suas criações. - explicava a guardiã. - No entanto sentia-se menos prezada e então iniciou-se uma terrível guerra... Para poupá-los, seus pais te mandaram à Terra. Caos foi selada por muito tempo.

- Porém... - completava Sethos. - Eu sinto que ela voltou e prova disto foi Eraldo ter se transformado em um necromante. Afinal, observei que a produção agrícola de Pávia havia diminuído , devido ao solo ter sofrido uma estranha modificação.

- Olhem! - alertava Amaya sentindo uma aura negra aumentando em torno de Eraldo.

Essa aura ia fazia com que, de dentro do corpo dele, saísse um grande corvo que voava em alta velocidade. O grupo observava a direção que a ave negra tomava, eles ouviam ao longe o som metálico de botas se chocando ao chão, junto aos cascos de um cavalo. A imagem do corvo simplesmente desaparecia e era ouvido o som de um relincho. Diversos guerreiros iam se posicionando cercando o grupo em círculos e apontando suas espadas em direção ao grupo, os quatro observavam a cena sem entender o que estava acontecendo.

- O que é isso? Por que estão nos cercando? - Indagava Ignês.

- São ordens do rei Salvatore. - Respondia um dos guerreiros.

Ao que ele dizia, um cavalo negro, carregando em suas costas um homem alto e moreno de olhos dourados, se aproximava. Ele trajava uma armadura dourada junto a um elmo, suas ombreiras seguravam uma longa capa vermelha e carregava na destra uma longa espada.

- Como puderam me trair, Ignês e Bard? - Indagava o homem em tom forte.

- Não! Há um engano aqui! - respondia Ignês dando um passo a frente, porém sendo impedida de seguir adiante pelas espadas. - Majestade... Descobrimos que Eraldo tinha atitudes estranhas, provavelmente ele quem estava por trás da má produção agrícola...

- Silêncio! - bradava Salvatore. - Sabe bem, Ignês, que isto se dá devido a incompetência dos camponeses! Não estou aqui mais para dialogar! Principalmente com você, príncipe Sethos! Que veio para nós espionar!

Sem esperar por alguma resposta, Salvatore erguia a espada, então os guerreiros se lançavam contra os quatro. Embora em número muito maior, eles derrotavam todos os guerreiros facilmente. Uma aura negra emanava tanto do rei quanto do cavalo, o animal bufava e arrastava os cascos contra o chão. Seus olhos ficavam vermelhos e um par de asas negras surgiam em suas costas.

Agentes dos deuses ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora