Capitulo 2 - Surge o príncipe Sethos!

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  Em Benguela, mais especificamente, em um de seus diversos semi-dertos que davam à uma cidade/província, situava-se um belo enorme palácio dourado. Era no típico formato árabe, tendo uma particularidade: haviam diversas estatuas de gatos por todos os lados, alguns viam aquilo como um símbolo de proteção, já que aquele, onde ali habitava, não era um príncipe qualquer. Sethos era também considerado o "deus gato", por assumir a forma de felino tanto por completo como apenas tendo orelhas e cauda. Ele possuía pele morena, músculos bem definidos, cabelos azul-escuro, no qual se assemelhava ao céu noturno, seus olhos eram dourados emanando uma grande determinação vinda de sua própria alma; chegava até mesmo a ressoar otimista unindo-se ao sorriso destemido que sempre estava em seus lábios, mesmo em momentos difíceis. Como todo felino, ele tinha hábitos noturnos, porém naquele dia estava inquieto mesmo durante o dia. Amaya, aparentemente era uma bela jovem de longos cabelos púrpuras, mas estava além de somente isto: se tratava de outra deusa, porém sendo a guardiã de Sethos. Ela sempre estava no salão principal junto ao mesmo, não podendo deixar de notar a inquietude do mais novo. Este estava sentado sobre seu trono, com uma expressão pensativa.

- Sethos... Você está bem? - Indagava ela, flutuando logo a frente do outro.

- Você não sentiu, Amaya? - Indagava o príncipe, fitando sua guardiã com seus olhos dourados como o sol.

- Eu estaria mentindo se eu dissesse que não. - respondeu a deusa, sentando-se em um dos braços do trono. - Ela está vindo...

- Eu senti que isso estava próximo, meus sonhos eram avisos... - comentava ele, cruzando os braços na altura do peitoral. - Mas, agora... Ela está bem perto...

- O que fará, meu amo? - indagava Amaya, se levitando e se curvando à frente de Sethos. - irei onde for, como sempre! É meu dever como sua guardiã!

- Eu agradeço por toda essa lealdade para comigo, Amaya. - Agradecia ele, sorrindo amigavelmente à guardiã, que se levantava e com sua habilidade ilusória transformava o braço em um grande braço com enormes músculos.

Tal gesticulação dela como se demonstrasse uma grande força o fazia rir. Em seguida ela se transformava em um típico bobo da corte e dizia em tom animado:

- Além de sua guardiã, também sirvo de "boba da corte"! É meu dever lhe servir e proteger!

Inicialmente Sethos a respondia com um sorriso gentil, enquanto se levantava calmamente, em seguida se espreguiçava e soltava um longo bocejo, para então voltar a falar:

- A carta à Pavia como aviso ao Rei Salvatore que lhe farei uma visita ainda amanhã já foi enviada?

- Provavelmente, meu amo. Mas, você sabe como os humanos são antiquados. - respondia a deusa em tom animado. - Seria tudo mais simples com uma mensagem telepatica. De qualquer forma, o aviso formal foi dado.

- Eu não quero esperar mais tempo pela resposta, temos que ir para lá! - dizia Sethos. - Amaya, peça para organizarem o navio, partiremos daqui a duas horas.

- Sim, senhor! Seu pedido é uma ordem! - respondia ela naquele mesmo tom animado, se transformando em uma militar marítima e batendo continência perante o mais novo.

Em seguida, Amaya se teletransportava para o porto mais perto, surgindo ao lado de um dos servos do deus e lhe passando as mesmas instruções. Então este rapidamente alertava os demais que começavam a organizar o grande navio. A locomoção marítima sempre estava impecável, por isso não demoraram muito para realizar a limpeza do local e algumas arrumações. Dentro do horário previsto, Sethos surgia caminhando trajando seu turbante negro com detalhes em dourado ( na parte da gola e também no final da barra) e vermelho ( logo acima da barra e ao centro, onde, esta parte era levemente aberta, mas estando presa por um cinto dourado. Neste havia um porta-arma no mesmo tom, estando guardada uma adaga negra. Embora, não fosse utilizá-la, sempre carregava a arma consigo.).

Agentes dos deuses ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora