00 | prologue.

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Mutantes

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Mutantes.

Pessoas nascidas com habilidades extraordinárias. O próximo elo na corrente da evolução.

Bem, a verdade é que... eu não queria ser uma mutante. E eu não tive escolha nesse quesito. Sabe aquele ditado, não é? Um dom muitas vezes é uma maldição.

Se você é um adolescente normal e está lendo isso porque acredita fielmente que seja tudo ficção e fantasia, ótimo, eu o invejo e não me envergonho em dizer que gostaria de estar no seu lugar.

Ser um mutante é fatal. Apavorante. E usualmente acaba de um jeito doloroso.

Entretanto, se você se reconhecer nas palavras desta história — se sentir que algo flui em suas veias e está lutando para se libertar —, meu conselho é este: pare de ler neste mesmo instante. Você pode ser um de nós. E uma vez que seus poderes se revelarem será apenas uma questão de tempo até que você seja temido e margilizado pela sociedade. Veja bem, é uma verdade universalmente conhecida que as pessoas tendem a temer tudo aquilo que não entendem. Ou pior: você pode ser usado, escravizado, sequestrado ou ingressar em uma equipe de super-heróis que arriscam a vida lutando contra vilões.

Você foi alertado.

Ah, que indelicadeza a minha: eu me chamo Celeste Lightwood. Tenho dezessete anos e há algumas semanas atrás era apenas uma jovem americana de origem mexicana comum que morava em Columbus.

E eu sei o que você deve estar se perguntando: "Qual é o seu super-poder?"
Está tudo bem, todos perguntam.

Bem, tudo aconteceu em uma manhã.

Sei que parece clichê mas é realmente muito estranho como tudo parece estar indo bem e um simples acontecimento muda sua vida inteira, virando ela de cabeça para baixo.

Para dizer a verdade, não me lembro muito bem dos fatos ocorridos, tudo passou rápido demais. Em um minuto eu estava passeando tranquilamente com minha irmã, Gracie, e no outro ela soltou minha mão e correu atrás de uma bola que estava no asfalto, logo depois ela estava jogada no chão, havia sido atropelada por um carro. Me lembro de gritar e sentir o medo inundar-se em mim.

Corri até ela, tinha o rosto angelical coberto por sangue e os olhos fechados, desmaiada. O motorista havia fugido. Abaixei-me para verificar se ainda respirava, felizmente sim, mas muito superficialmente. Seu pulso também se encontrava fraco.

Lágrimas escorriam de meus olhos e todos os barulhos ao nosso redor não passavam de zumbidos. Foi quando senti algo, uma urgência de tocá-la, como se o pouco de vida que ainda lhe restava estivesse me chamando.

E eu o fiz, pus uma mão na sua nuca e então um mapa de seu sistema corporal surgiu em minha mente. Cada orgão, veia, artéria, cada mínimo processo celular, cada gota de sangue: tudo. De repente todas aquelas aulas de biologia chatas fizeram sentido.

teenagers ⊗ pietro maximoffOnde histórias criam vida. Descubra agora